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Enedina Alves Marques: Primeira mulher negra formada em engenharia no Brasil

Google comemora o 110° aniversário da engenheira brasileira Enedina Alves Marques, a 1ª mulher negra no Brasil a se formar em engenharia.

Google Doodle de hoje, 13/01 comemora o 110° aniversário da engenheira brasileira Enedina Alves Marques, a primeira mulher negra no Brasil a se formar em engenharia e a primeira mulher no estado do Paraná a se tornar engenheira.

Neste dia, 13 de janeiro de 1913, Marques nasceu em Curitiba, Brasil.

Ela trabalhou como empregada doméstica e babá.

Enedina foi alfabetizada na Escola Particular da Professora Luiza Dorfmund entre 1925 e 1926. Depois, ingressou na escola normal, equivalente ao atual ensino médio, e se formou em 1931. Tornou-se professora depois de se formar.

Cursou engenharia civil na Universidade Federal do Paraná em 1940.

Entretanto, durante a faculdade, Marquez foi hostilizada e ignorada por alguns de seus professores e colegas – principalmente por conta dos preconceitos da sociedade.

Apesar de enfrentar discriminação ao se formar em um campo dominado por homens brancos, Marques persistiu e foi a única mulher ao lado de 32 alunos do sexo masculino a se formar em 1945.

A cerimônia de formatura de Enedina, em dezembro de 1945, ocorreu sem a presença de familiares, no Palácio Avenida, no Centro de Curitiba.

A engenheira se formou ao lado de 32 colegas homens, muitos dos quais passaram os anos de faculdade sem dirigir palavra a ela, segundo depoimento deixado por um antigo colega.

Enedina Alves Marques - Foto: Marcos Solivan, SUCOM
Enedina Alves Marques – Foto: Marcos Solivan, SUCOM

Iniciou a carreira na Secretaria Estadual de Transportes e Obras Públicas como auxiliar de engenharia e transferiu-se para a Secretaria Estadual de Águas e Energia Elétrica do Paraná, onde contribuiu com projetos de grande porte, como o desenvolvimento da Usina Hidrelétrica do Paraná em vários rios da região, o levantamento topográfico e a construção da maior hidrelétrica subterrânea, a Usina Capivari-Cachoeira.

Em reconhecimento às suas contribuições para o Paraná e para a engenharia, seu nome foi inscrito no Memorial à Mulher junto com outras 53 mulheres pioneiras brasileiras.

Além disso, como uma das suas ilustres alunas, a Universidade Federal do Paraná fez uma belíssima homenagem com uma placa instalada no prédio administrativo do Setor de Tecnologia, em Curitiba.

A dedicação aos estudos e a coragem para romper barreiras foram duas características da história de Enedina Marques Alves lembradas na fala de convidados. “A mensagem que gostaria de deixar é que Enedina vive nos estudantes que conseguem se formar contra todos os obstáculos sociais”, declarou o reitor da UFPR, Ricardo Marcelo.

Uma rua de um bairro de Curitiba recebeu o nome de Rua Engenheira Enedina Alves Marques em homenagem a ela.

E em 2006 foi fundado o Instituto de Mulheres Negras Enedina Alves Marques, em Maringá, Paraná.

Parabéns, Enedina Alves Marques!

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