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Simon Weckert: O homem que hackeou o Google Maps

Com 99 smartphones e um carrinho para criança brincar, um alemão desafiou a Inteligência Artificial do Google Maps e o resultado foi surpreendente.

Quem nunca utilizou um Waze, Google Maps ou Apple Maps para te levar de um ponto ao outro que “atire a primeira pedra”.

Nos dias de hoje é praticamente impossível você não utilizar um destes aplicativos para se locomover com qualquer veículo ou mesmo ir a pé ou utilizar um transporte público.

E com certeza, para os mais precavidos você pode se antecipar verificando se o trajeto ou caminho que for utilizar está ou não com fluxo de trânsito, certo?

E normalmente, quando isso acontece, o aplicativo de GPS acaba “recalculando a rota” e sugerindo uma nova opção para você fugir do fluxo. Nem sempre ele é feliz na sugestão mas, vamos pular esta parte.

Como funciona o cálculo do trânsito no Google Maps

Segundo o Blog oficial do Google, “Quando as pessoas usam o Google Maps para circular, seus dados agregados de localização podem ser usados para compreender a situação do trânsito nas ruas de todo o planeta. Essas informações ajudam a avaliar a situação do trânsito naquele momento – por exemplo, se um congestionamento pode afetar a rota agora. Mas elas não permitem descobrir como estará o movimento dentro de dez, vinte ou até 50 minutos, caso você ainda esteja dirigindo. Nessa hora, entra em cena uma tecnologia peso-pesado.”

Para prever o trânsito no futuro, o Google Maps analisa padrões anteriores de trânsito nas ruas, ao longo do tempo.

Por exemplo, um padrão pode indicar que, na avenida 280 no norte da Califórnia, os carros rodam a uma velocidade média de 104 km/h entre às 6h e às 7h, mas apenas a 27 km/h no final da tarde.

Então o sistema de IA do Google Maps combina esse banco de dados de padrões de trânsito à situação do momento, e usa aprendizado de máquina para gerar previsões baseadas nessas duas informações. 

Como conseguiram hackear o Google Maps

Antes de mais nada preciso deixar claro que o termo “hackear” podem ter vários sentidos dentre eles o ato de explorar vulnerabilidades ou brechas no sistema e é ai que entra Simon Weckert.

Quem é Simon Weckert?

Como o mesmo se define em seu site, ele gosta de compartilhar conhecimento em uma ampla variedade de campos, desde design generativo até computação física. Seu foco é o mundo digital – incluindo tudo relacionado a código e eletrônica sob a reflexão sobre aspectos sociais atuais, desde exames orientados para tecnologia até a discussão de questões sociais atuais. Ele procura avaliar o valor da tecnologia, não em termos de utilidade real, mas a partir da perspectiva das gerações futuras e utiliza a tecnologia no espaço digital para impactar de forma inteligente o espaço físico, ao mesmo tempo que cria algumas travessuras divertidas. Os resultados são sistemas tecnológicos, instalações e objetos híbridos que se esforçam para tornar acessíveis questões complicadas.

E, em 2020, este alemão que, pelo menos na minha visão teve uma excelente ideia, alugou 99 smartphones e comprou 99 SIM cards para cada um dos smartphones.

Ele adquiriu um daqueles carrinhos vermelhos que sempre aparecem em filmes e desenhos do exterior, ativou o Google Maps em cada smartphone, colocou os 99 smartphones neste carrinho e começou a circular, por horas, pelas ruas de Berlim, na Alemanha.

Nas imagens abaixo (clique nas setas para ver outras fotos) veja o local por onde Simon Weckert passou, note que as ruas estão vazias, e observe o que acontece, em tempo real, no Google Maps.

Em seu site, Simon Weckert, diz o seguinte: “Com suas Geo Tools, o Google criou uma plataforma que permite que usuários e empresas interajam com mapas de uma forma inovadora. Isto significa que as questões relativas ao poder no discurso da cartografia têm de ser reformuladas. Mas qual a relação entre a arte de habilitar e as técnicas de supervisão, controle e regulação nos mapas do Google? Funcionarão estes mapas como redes dispositivos que determinam o comportamento, as opiniões e as imagens dos seres vivos, exercendo o poder e controlando o conhecimento? Os mapas, que são eles próprios o produto de uma combinação de estados de conhecimento e estados de poder, têm um dispositivo de poder inscrito. Os mapas e modelos mundiais baseados em simulação do Google determinam a realidade e a percepção dos espaços físicos e o desenvolvimento de modelos de ação.”

A revista Wired entrou em contato com o Google sobre este, digamos, experimento e a resposta da empresa foi a seguinte.

Nós apreciamos usos criativos do Google Maps como este, já que nos ajuda a melhorar o serviço

Ah e se quiser clique aqui para ver o vídeo do experimento, (recomendo, é muito bom) ou assista abaixo:

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