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Este ano de 2024 temos um dia a mais no ano somando 366 dias ao longo destes 12 meses e o dia acrescentado no ano é o dia 29 de fevereiro.

Esta data volta a se repetir a cada quatro anos para ajustar o ano civil ao ano trópico.

“Se arredondarmos isso para 365 dias e 6 horas, vemos que em quatro anos a diferença é de 24 horas, ou seja, um dia. Se não fizermos esse ajuste a cada quatro anos, as estações vão mudando de mês. Em 120 anos já teríamos uma diferença de um mês. Assim nós teríamos, por exemplo, o verão começando em novembro. A nossa vida civil é mais baseada nas estações do ano do que possa parecer à primeira vista, e isso geraria grandes problemas”, explica a astrônoma do Observatório Nacional (ON/MCTI), Dra. Josina Nascimento.

Qual o motivo da existência do ano bissexto?

O que define um ano, no nosso calendário civil, é o tempo que a Terra leva para dar uma volta inteira ao redor do Sol (movimento de translação). Só que esse processo, no calendário solar, não leva exatamente 365 dias — existe aí um arredondamento, para facilitar as contas.

Como saber quando será o ano bissexto?

O cálculo é bem simples pois este fenômeno acontece a cada 4 anos, estes anos são divisíveis por 4. E, segundo os astrônomos, o nosso planeta demora cerca de 365 dias e 6 horas para completar a “rota”.

O Planeta leva aproximadamente 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos para realizar uma órbita completa ao redor do Sol gerando assim uma diferença de 11 minutos e 12 segundos por ano.

Se juntarmos essas 6 horas que “sobram” a cada ano, em 4 anos, teremos 24 horas extras (6 + 6 + 6 + 6 = 24). Ou seja: um dia a mais, fixado em 29 de fevereiro.

E se não existisse o dia 29 de fevereiro?

Segundo coordenador do Cursinho da Poli (SP) e professor de geografia Rui Calares, “Aconteceria uma desconexão entre as datas do ano civil e as estações do ano. Isso atrapalharia a agricultura, por exemplo, e as datas de plantio e colheita.”

Se o dia 29 de fevereiro não existir haverá a falta de compensação destas horas extras e esta diferença poderá prejudicar a qualidade de vida das pessoas, bem como funcionamento de diversas atividades, e áreas como agricultura, indústria e comércio.

As estações do ano (verão, outono, inverno e primavera) são determinadas no hemisfério norte e sul pela posição da Terra em relação ao sol e o eixo de inclinação do planeta.

Thiago Caraviello, professor de astronomia do Curso Etapa (SP), afirma que “Ficaríamos defasados em relação à natureza. Depois de algum tempo, a primavera começaria só em dezembro no hemisfério sul, por exemplo”.

Sem o ano bissexto e a correção das seis horas “extras” do calendário, todos os países ficariam atrasados em relação às estações.

Quando surgiu a ideia dos anos bissextos?

Conciliar o calendário lunar (que levava em conta as fases da Lua) com o solar já era uma missão antiga.

“No Egito, por exemplo, os povos sabiam que, quando uma estrela ‘X’ aparecia no céu, o rio ficaria cheio e seria uma boa época para plantações. Só que isso acontecia, vamos supor, em 1º de setembro em um ano. Depois, caía em 2, 3 ou 4 de setembro. Eles perceberam que precisavam fazer, então, uma correção no calendário, para sincronizar os fenômenos astronômicos com a vida humana“, explica o astrônomo Caraviello.

Foi assim que, tempos depois, os anos bissextos foram incorporados pelo imperador Júlio César, que governou Roma de 49 a 44 a.C..

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