O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, tem outro grupo pressionando seu gigante da mídia social a lidar melhor com as preocupações atuais sobre o racismo, os protestos a respeito e a resposta da polícia a esses protestos.
Um grupo de 143 cientistas financiados pela Chan Zuckerberg Initiative ou Chan Zuckerberg Biohub está pedindo um esforço maior para impedir desinformação e publicações inflamatórias no Facebook.
Em uma carta publicada no sábado, os pesquisadores disseram que o Facebook deixou o presidente Donald Trump “espalhar declarações desinformadas e incendiárias no Facebook” e não seguiu suas próprias políticas contra o incitamento à violência quando publicou um post de Trump que dizia em parte”, quando o saque começa, o tiroteio começa “.
“Pedimos que você considere políticas mais rígidas sobre desinformação e linguagem incendiária que prejudiquem pessoas ou grupos de pessoas, especialmente em nosso clima atual que enfrenta injustiça racial“, disseram os cientistas, todos financiados pela Iniciativa Chan Zuckerberg. ou o Chan Zuckerberg Biohub.
A Chan Zuckerberg Initiative é uma organização filantrópica com o nome de Zuckberg e sua esposa, Priscilla Chan, e o Chan Zuckerberg Biohub é um instituto de pesquisa médica sem fins lucrativos.
Os pesquisadores afiliados costumam trabalhar para instituições acadêmicas de prestígio, como a Universidade de Stanford, a Universidade da Califórnia, Yale e o Broad Institute of MIT e Harvard.
Os pesquisadores afiliados acrescentam uma nova voz às preocupações de pessoas de fora e dos próprios funcionários do Facebook sobre as políticas e práticas da empresa em meio a protestos generalizados contra o racismo nos Estados Unidos.
A morte de George Floyd , um negro de 46 anos em Minneapolis, que morreu depois que um policial branco o prendeu no chão com um joelho no pescoço, provocou os protestos.
Os protestos provocaram uma resposta vigorosa da polícia e dos tweets de Trump dizendo “LEI E ORDEM” em todas as letras maiúsculas.
A Iniciativa Chan Zuckerberg disse em comunicado que seus escritórios, funcionários, operações e missão são separados dos do Facebook.
“Somos gratos por nossa equipe, parceiros e donatários neste trabalho e respeitamos o direito de expressar suas opiniões, inclusive nas políticas do Facebook“, afirmou a organização.
Da mesma forma, o Chan Zuckerberg Biohub disse em comunicado que é separado do Facebook e respeita os direitos de seus funcionários e pesquisadores de expressar suas opiniões.
O Facebook não respondeu a um pedido de comentário.
As mídias sociais são uma ótima maneira de as pessoas ficarem em contato e se comunicarem, mas estão sob escrutínio há anos devido a problemas como cyberbullying e manipulação de eleições.
As preocupações são mais intensas agora com a pandemia de coronavírus e os protestos contra a desigualdade racial.
Trump assinou uma ordem executiva destinada a proteger as vozes da direita nas plataformas de mídia social, que ele alegou, sem evidências, censurando os conservadores.
O Twitter tentou adotar uma postura mais ativa do que o Facebook na remoção de postagens ou na adição de etiquetas de aviso. Zuckerberg defendeu a posição do Facebook, mas na sexta-feira disse que a empresa revisará algumas políticas .
Também na sexta-feira, o Facebook ofereceu conselhos a pessoas que supervisionam grupos do Facebook ao lidar com questões raciais.
Uma dica: “Se sua equipe de administradores / moderadores não incluir representação das comunidades afetadas, crie oportunidades para que novos e diversos membros se juntem à sua equipe“, disse o Facebook.
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