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O uso da energia solar em telhados e pequenos terrenos tem crescido de forma exponencial no país e acaba de ultrapassar 1 milhão de sistemas instalados pelos próprios consumidores brasileiros em residências e empresas, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). De acordo com a entidade, o segmento já movimentou mais de R$ 57,4 bilhões em investimentos e gerou cerca de 320 mil empregos nos últimos dez anos.

Para o CEO do Portal Solar, Rodolfo Meyer, o crescimento do mercado fotovoltaico é impulsionado pelos aumentos nas tarifas de energia elétrica no país, que em alguns casos ultrapassam 20%. “Além de ser limpa, renovável e barata, a energia solar traz ganhos econômicos e sociais, aliviando o bolso das famílias e aumentando a competitividade do setor produtivo”, diz Meyer, que também é conselheiro da ABSOLAR.

Estima-se que atualmente há cerca de 25 mil empresas que atuam na cadeia produtiva do setor solar. O Portal Solar, por exemplo, abriu 50 microfranquias entre janeiro e maio deste ano, crescimento de 40% em relação a dezembro de 2021. Com oito anos de atuação no mercado fotovoltaico, a empresa completa neste mês um ano no franchising brasileiro e prevê selecionar mais 200 franqueados até o final de 2022.

A previsão do Governo Federal é que microgeração de energia renovável chegue a 4,2 milhões de clientes até 2031, um salto de 10,6 gigawatts (GW) para 37 GW de capacidade instalada. No total, esse mercado deverá movimentar R$ 122 bilhões, de acordo com cálculos da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Atualmente, apenas 1,4% dos 88 milhões consumidores brasileiros de energia elétrica possuem sistemas fotovoltaicos, a maioria residenciais e comerciais.

Microfranquia é a nova tendência do mercado solar

O crescimento do mercado fotovoltaico Brasil, que tem dobrado a cada ano, também direcionou modelos de negócios para a área de franquia de energia solar com empreendedores atuando em projetos e instalação de painéis fotovoltaicos em casas e empresas. “Os clientes querem ver rápido o impacto na conta de luz, pois essa é uma despesa que não dá para deixar de pagar”, explica Lucas Braga, franqueado do Portal Solar. “Eu pego a última conta do cliente, mostro quanto ele está pagando por kilowatts. Depois eu calculo quanto o sistema vai custar e quanto vai gerar de energia elétrica”, explica.

Braga ainda não tem equipe própria de instalação, mas criou um programa de incentivo para garantir a qualidade do serviço. “No final de cada instalação, eu envio uma pergunta para o cliente sobre a qualidade do serviço. Se o cliente der uma nota 8 a 10, eu pago um adicional de R$ 150 para o instalador. Essa é uma turma anônima, mas que tem um papel fundamental no processo de venda”, diz.