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Por ocasião do encerramento do primeiro trimestre de 2022, o sistema de consórcios, que este ano está completando 60 anos, registrou aumento de 12,0% no total de vendas de novas cotas, saltando de 791,43 mil em 2021 para 886,34 mil no acumulado de janeiro, fevereiro e março.

Também os negócios, resultantes dessa somatória, atingiram R$ 55,24 bilhões naqueles três meses, 15,3% maior que o anotado no mesmo período no ano passado, quando chegou a R$ 47,93 bilhões.

Depois de bater recorde histórico de participantes ativos em fevereiro último, ao cravar 8,51 milhões, o sistema de consórcios superou a marca em março, assinalando um novo e inédito total: 8,54 milhões. Este volume mostrou alta de 7,7% sobre 7,93 milhões obtidos no mesmo mês de 2021.

O tíquete médio de março acompanhou os aumentos dos demais indicadores, elevando-se em 7,0%, subindo de R$ 60,13 mil, daquele mês em 2021, para os atuais R$ 64,34 mil.

No acumulado de contemplações do trimestre, houve avanço de 16,0%, evoluindo de 310,40 mil do ano passado para 360,16 mil totalizados este ano. Os correspondentes créditos disponibilizados, relativos ao acumulado de janeiro, fevereiro e março, também apresentaram crescimento, com R$ 15,87 bilhões, 10,5% acima dos R$ 14,36 bilhões anteriores.

“Passados três meses de 2022, as prévias projeções para um crescimento conservador do Sistema de Consórcios vêm se confirmando e retratam a continuidade das boas performances verificadas em 2021”, justifica Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios. “Ao superar a maior marca anotada em fevereiro último, chegou a inéditos 8,54 milhões de participantes ativos em março, com quase 900 mil novas cotas comercializadas, ratificando o comportamento de escolha do consumidor pelo planejamento de suas finanças pessoais, tendo como base a essência da educação financeira”, complementa.

Desde 1962, quando foi criado, o sistema de consórcios vem consolidando sua participação no desenvolvimento da economia brasileira com significativas contribuições, diretas e indiretas, nos crescimentos dos segmentos industrial, comercial e de prestação de serviços.

Na análise das potenciais participações das contemplações trimestrais nas vendas realizadas nos mercados internos, observou-se que houve um a cada dois automóveis via consórcio. Também em alta, notou-se que a comercialização de motocicletas obteve potencial influência com mais de uma a cada duas originadas por créditos concedidos a consorciados contemplados.

Entre os veículos pesados, o consórcio mostrou sua importância ao proporcionar, de forma econômica e planejada, a renovação ou ampliação da frota de caminhões, máquinas agrícolas e implementos rodoviários e agrícolas. Potencialmente, um a cada três caminhões negociados no mercado interno foram adquiridos pela modalidade. O agronegócio, fundamental para a economia, também pôde usufruir das vantagens do Sistema para a aquisição de máquinas e equipamentos.

“Mês após mês, constata-se maior presença do consumidor nos consórcios, escolhido em suas decisões financeiras”, diz Rossi. “Não importa o objetivo. Pode ser pessoal, familiar, profissional e até empresarial, ele, consumidor, tem analisado e planejado mais para comprar bens ou contratar serviços. Em muitas oportunidades, tem optado por aderir ao sistema de consórcios, considerando-o como forma simples e econômica de concretizar a médio e longo prazos suas metas”, conclui.

Ainda para estes três primeiros meses, o presidente executivo da ABAC acrescentou que “a nova postura do consumidor evidencia maior conhecimento sobre educação financeira e sua aplicação no dia a dia, especialmente ao assumir novos compromissos”.

Importante destacar que a economia em 2022 deverá ter um ano com influências de eleições estaduais e federais, preparativos para a copa do mundo e dificuldades globalizadas causadas pela guerra no leste europeu. Rossi interpreta esses fatores ao comentar suas expectativas: para que “haja um bom desempenho do Sistema de Consórcios, será preciso que o consumidor siga com consciência e responsabilidade quando adquirir bens ou contratar serviços, ao ponderar e planejar o futuro, avaliando o consórcio na escolha”.

Os indicadores trimestrais legitimam a importância da modalidade na economia brasileira. Na estimativa dos créditos concedidos e potencialmente injetados nos mercados automotivo e imobiliário, observou-se que o segmento marcou 42,2% de potencial presença no setor de automóveis, utilitários e camionetas. No setor motociclístico, houve 60,2% de possível participação, enquanto no de veículos pesados, a relação para os caminhões foi de 34,1%.

No acumulado de janeiro e fevereiro do segmento imobiliário, as contemplações representaram potenciais 12,8% de participação no total de imóveis financiados, incluindo os consórcios.

Do total de vendas de cotas do trimestre, 886,34 mil de adesões, a distribuição setorial ficou assim: 351,79 mil de veículos leves; 284,29 mil de motocicletas; 136,17 mil de imóveis; 53,41 mil de veículos pesados, 45,22 mil de eletroeletrônicos; e 15,47 mil de serviços.

O bom desempenho no período propiciou soma de negócios de R$ 55,24 bilhões, equivalente a alta de 15,3% comparados a dos mesmos meses do ano passado, quando chegou a R$ 47,93 bilhões.

Nos atuais 8,54 milhões de consorciados ativos, o mecanismo registrou alta de 85,3% nos eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis; 23,4% nos veículos pesados; 16,4% nos imóveis; 5,9% nas motocicletas; e 2,9% nos veículos leves. O único setor com retração foi serviços com -2,1%.

No acumulado de consorciados contemplados no primeiro trimestre – 360,16 mil -, estão inclusas 162,99 mil cotas de motocicletas; 137,40 mil de veículos leves; 21,72 mil de imóveis; 13,62 mil de veículos pesados; 12,33 mil de eletroeletrônicos e 12,09 mil de serviços.

No terceiro balanço do ano, o Sistema de Consórcios atingiu 8,54 milhões de participantes ativos, o mais alto registrado nos 60 anos de história, divididos em 80,8% para o setor de veículos automotores, 14,4% para os de imóveis, 2,5% nos de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis e 2,4% nos de serviços.