Início Google Google Doodle Arthur Friedenreich, Google celebra 1º brasileiro negro que jogou futebol profissionalmente

Arthur Friedenreich, Google celebra 1º brasileiro negro que jogou futebol profissionalmente

Google Doodle de hoje homenageia o jogador de futebol brasileiro Arthur Friedenreich, o primeiro jogador negro a jogar profissionalmente no país.

Google Doodle de hoje homenageia o jogador de futebol brasileiro Arthur Friedenreich, o primeiro jogador negro a jogar profissionalmente no país.

Filho de pai imigrante alemão e mãe afro-brasileira, no dia 18 de julho de 1892, nasceu em São Paulo Arthur Fridenreich começou a jogar no time paulista do Germânia, clube que defendeu em 1909 e 1911.

Jogou ainda pelo:

  • Ypiranga (1910, 1913, 1914 1915 e 1917)
  • Mackenzie (1912)
  • Atlas (1914)
  • Clube Brasil-SP (1912 e 1935)
  • Paysandu-SP (1915/16)
  • Paulistano (1916/17/18 a 1929)
  • Internacional-SP (1929)
  • Atlético Santista-SP (1929)
  • São Paulo da Floresta (1930 a 35)
  • Santos (1930 e 1935)
  • Dois de Julho-SP (1933)
  • Atlético Mineiro (1933).

Friedenreich nasceu apenas quatro anos após a abolição da escravidão no Brasil, quando o futebol estava disponível principalmente para jogadores brancos.

Ele conseguiu se envolver com o esporte principalmente por conta de seu pai, que tinha ligação com um clube de futebol para imigrantes alemães.

Friedenreich estreou no futebol pelo SC Germânia aos 17 anos e impressionou logo de cara com seus dribles ágeis.

No site do GE narra o dia que o primeiro grande ídolo do futebol brasileiro virou astro do Sergipe, Há 86 anos, El Tigre, como era conhecido o goleador, vestiu a camisa alvirrubra em amistoso no Clássico Vovô contra o Cotinguiba. Antigo estádio Adolfo Rollemberg foi o palco do espetáculo. Acesse aqui e saiba mais.

Arthur Friedenreich foi ídolo do São Paulo na década de 1930 — Foto: spfc.net
Arthur Friedenreich foi ídolo do São Paulo na década de 1930 — Foto: spfc.net

Depois de se estabelecer como um jogador sólido, ele foi capaz de trocar de clube de futebol, aprimorando suas habilidades em cada um.

Em apenas quatro temporadas, ele se tornou o artilheiro do Campeonato Paulista com 16 gols — e ainda seria o artilheiro da Liga Paulista mais sete vezes.

Ele começou a jogar pela Seleção Brasileira em 1914. Em sua partida de estreia, Friedenreich perdeu os dois dentes da frente após uma forte queda.

Ele terminou o jogo de qualquer maneira, ganhando o apelido de “El Tigre” por seu espírito de luta, dedicação e agilidade. Nos anos seguintes, disputou 23 partidas pelo seu país, tornando-se o primeiro a fazer um hat-trick (3 gols em uma única partida!) na Copa América.

Apesar de ter provado muitas vezes que tinha o que era preciso para ter sucesso no futebol, ele teve que alisar o cabelo e passar pó na pele antes dos jogos para parecer mais europeu.

Mesmo com seus métodos habituais para clarear a pele, as autoridades da Argentina declararam que apenas jogadores brancos poderiam comparecer à Copa América de 1921.

O presidente brasileiro acatou a regra e deixou Friedenreich fora do time, apesar de seu grande talento.

Esse caso é mundialmente considerado como um momento-chave que levou muitas pessoas a pensarem sobre o impacto da discriminação racial nos esportes.

Friedenreich é lembrado por ter marcado 1.329 gols quando se aposentou aos 43 anos, mas as pontuações não foram meticulosamente registradas durante o tempo em que jogou.

Há debates em andamento sobre o número exato, mas 1.329 fariam dele o maior artilheiro de todo o futebol. Independentemente disso, Friedenreich foi um jogador impressionante e memorável que mudou o futebol para melhor.

Friedenreich conversando com Pelé tendo Leônidas da Silva logo atrás. Vocês sabiam que essa foi a única vez que os três gênios estiveram lado a lado? Aconteceu em janeiro de 1959, quando o então jornalista esportivo Benedito Ruy Barbosa lançou o livro "Eu sou Pelé". Foi o primeiro livro a homenagear o "Príncipe" Pelé que, à época, não era ainda Rei. Tanto que, meses antes, Didi fora escolhido como o melhor do mundo, na Copa da Suécia
Friedenreich conversando com Pelé tendo Leônidas da Silva logo atrás. Vocês sabiam que essa foi a única vez que os três gênios estiveram lado a lado? Aconteceu em janeiro de 1959, quando o então jornalista esportivo Benedito Ruy Barbosa lançou o livro “Eu sou Pelé”. Foi o primeiro livro a homenagear o “Príncipe” Pelé que, à época, não era ainda Rei. Tanto que, meses antes, Didi fora escolhido como o melhor do mundo, na Copa da Suécia. Imagem Terceiro Tempo.

Clubes em que jogou Arthur Friedenreich

Nascido em São Paulo no dia 18 de julho de 1892, Fridenreich começou a jogar no time paulista do Germânia, clube que defendeu em 1909 e 1911. Jogou ainda pelo Ypiranga (1910, 1913, 1914 1915 e 1917), Mackenzie (1912), Atlas (1914), Clube Brasil-SP (1912 e 1935), Paysandu-SP (1915/16), Paulistano (1916/17/18 a 1929), Internacional-SP (1929), Atlético Santista-SP (1929), São Paulo da Floresta (1930 a 35), Santos (1930 e 1935), Dois de Julho-SP (1933) e Atlético Mineiro (1933).

Títulos de Arthur Friedenreich

Campeão paulista (1918/19, 1921, 1926/27 e 1929), todos pelo Paulistano, e 1931 pelo São Paulo da Floresta; brasileiro de seleções (1920, 1922/23), por São Paulo; e sul-americano (1919 e 1922), pela Seleção Brasileira.

Qual foi o fim de Arthur Friedenreich

Lendário atacante e herói da conquista do Sul-Americano de 1919 da Seleção, El Tigre morreu sem a certeza de quantos gols marcou na carreira. Há quem garante que fez mais do que Pelé. Mas são dois deles que serão agora recordados, ambos marcados com a camisa do Galo, que ele vestiu em 1933, aos 40 anos.

Carreira encerrada em 21 de julho de 1935, aos 43 anos. A trajetória do primeiro craque do futebol nacional terminou em um Fla-Flu. Vestindo a camisa rubro-negra, não fez gols no empate em 2 a 2.

Chuteiras penduradas, Friedenreich virou funcionário da Companhia Antarctica Paulista, a atual Ambev. Foi embaixador da marca e viajou o Brasil divulgando a empresa na qual trabalhou por três décadas.

Viveu para ver Pelé aparecer e se tornar o Rei do Futebol, mas não o bastante para ver o maior de todos marcar o milésimo gol.

Morreu aos 77 anos, pobre e esquecido.

Friedereich deixaria Belo Horizonte para voltar a São Paulo, onde jogaria mais partidas pelo clube homônimo da capital, já profissionalizado. Entretanto, continuaria a peregrinação por cidades, em amistosos. Em 10 de novembro de 1933, ele pegava o “trem nocturo” de BH para SP. O mesmo que levaria Ninão, ídolo e 5º maior artilheiro da história do Cruzeiro (Palestra Itália) para o porto de Santos e, de lá, para a Itália, onde voltaria a jogar pela Lazio.

No Correio Mineiro de 11/11, são escritas as últimas linhas da estadia de Fried em ares belo-horizontinos, onde reviu velhos amigos, vestiu a camisa do Galo e aumentou em dois gols a contagem da longa carreira, que pode ser contada de maneira inédita pela autobiografia escrita por ele ainda na década de 1930, com o auxílio (ghost-writer) do jornalista Paulo Várzea.

O livro foi encontrado pelo editor e historiador carioca, César Oliveira, com Fried narrando fatos da sua vida nos campos de futebol. Juntamente ao documento, há uma carta da esposa do jogador, Joana, autorizando a publicação das memórias. César foi atrás da família de Várzea, no interior de São Paulo, onde achou acréscimos da biografia. Ela segue na gaveta, pronta para ser lançada, dependendo de patrocínio editorial.

Feliz aniversário, Arthur Friedenreich!

Siga o Dica App do Dia em nossas redes sociais e também nos agregadores de notícias Flipboard e Google Notícias.

SEM COMENTÁRIOS

Deixe uma resposta