Propaganda

O compartilhamento do histórico de pagamentos dos clientes das operadoras de telecomunicações com os birôs de crédito gestores do banco de dados do Cadastro Positivo (Boa Vista, Quod, Serasa, SPC e TransUnion), iniciado em abril do ano passado, está concluído. 

De acordo com dados da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), as informações enviadas pelas principais operadoras do país totalizaram 100 milhões de registros de pessoas físicas e jurídicas no banco de dados do Cadastro Positivo. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (3) no Painel Telebrasil Talks: Finanças e Varejo. 

Desse total, mais de 11 milhões de consumidores e empresas são desbancarizados, portanto, ausentes nos dados enviados anteriormente pelas instituições financeiras, responsáveis pela primeira onda de compartilhamento de informações com os birôs de crédito. 

Os dados encaminhados pelas empresas Algar, Claro, Oi, Sercomtel, Sky, Tim e Vivo, referentes às assinaturas de serviços pós-pagos de telefonia celular e fixa, banda larga e TV por assinatura, permitiram que cerca de 10,3 milhões de pessoas físicas e mais de 763 mil pessoas jurídicas passassem a ter visibilidade no mercado de crédito devido ao Cadastro Positivo. 

Na visão de Elias Sfeir, presidente da ANBC, a inserção das informações do setor de telecomunicações confirma os benefícios previstos na implementação do Cadastro Positivo em julho de 2019, principalmente em relação à inclusão financeira. “A nova economia demonstra que o desenvolvimento econômico e social é fundamental para a sustentabilidade dos negócios. O Cadastro Positivo é uma ação socioeconômica positiva onde a visibilidade dos consumidores e empresas no mercado de crédito proporciona dois principais benefícios: melhor avaliação de crédito, reduzindo inadimplência e superendividamento, e inclusão financeira dos desbancarizados, por meio da possibilidade de acesso a recursos financeiros. Parabenizo o Ministério das Comunicações, Anatel, Conexis e o setor de Telecomunicações que atenderam prontamente ao nosso chamado de parceria e demonstraram seu compromisso com a evolução socioeconômica do Brasil por meio da inclusão de 11 milhões de desbancarizados”, pontua Elias Sfeir.

Sobre a conclusão da transferência de dados das empresas de telecomunicações, Marcos Ferrari, presidente executivo da Conexis Brasil Digital, destaca que a inclusão desses 11 milhões de brasileiros que não têm conta bancária no cadastro positivo vai significar um avanço para as ferramentas de análise de crédito. “São milhões de brasileiros que podem ser beneficiados do seu bom histórico de pagamento para conseguir crédito mais barato, com uma análise mais criteriosa que tem potencial para reduzir sérios problemas enfrentados no mercado de crédito, como o superendividamento”, afirmou Ferrari.

A implantação do Cadastro Positivo acontece em ondas: a primeira envolveu o compartilhamento de dados do Cadastro Positivo dos clientes das instituições financeiras e a segunda abrangeu as operadoras de telecomunicações. A seguinte, já em andamento, compreende as concessionárias estatais e privadas de distribuição de energia elétrica.  Porém, para que os benefícios do Cadastro Positivo sejam sentidos em todo o seu potencial e cheguem a mais consumidores e empresas, é indispensável a entrada dos setores de saneamento e gás. 

“Este é o momento para que os setores de saneamento e gás passem a fazer parte do Cadastro Positivo, proporcionando assim o benefício socioeconômico do crédito a seus clientes e aos municípios e estados onde operam”, afirmou Elias Sfeir.