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Entre os desafios para levantar capital e as burocracias para abrir uma empresa do zero e lidar com altas cargas tributárias, os empreendedores brasileiros também têm de agir com perspicácia para abordar problemas e encontrar possíveis soluções. Neste panorama, uma ferramenta de inovação se apresenta como alternativa para os jovens empresários: o Design Thinking (pensar como um designer, em tradução livre).

O termo surgiu em 1969 no livro “The Science of the Artificial” e ganhou popularidade quando David M. Kelley, fundador da IDEO (empresa de consultoria de design de produtos estadunidense), definiu Design Thinking como “uma forma de ação criativa”, conforme apuração do site MindMiners.

Claudio Zanutim, que é comunicador, palestrante, trainer internacional, professor e fundador da IC-Educ Educação Corporativa, explica que o método consiste em uma abordagem que busca a solução de problemas de forma coletiva e colaborativa, onde os empreendedores são estimulados a transformar suas ideias em produtos ou processos tangíveis e testáveis.

“O conceito e os métodos do MITdesignX, especificamente, demonstram como o processo de design de soluções pode ser útil para projetar as necessidades das pessoas e, cuidadosamente, enquadrar os problemas para maximizar as capacidades”, afirma.

Para Zanutim, a ferramenta não é útil apenas para criar produtos, serviços e soluções que atendam às necessidades das pessoas ou para resolver um problema, mas também para elaborá-los sensatamente, a fim de promover um impacto positivo. “Em resumo, trata-se de facilitar um projeto de inovação ou empreendedorismo com um resultado desejável para todas as partes interessadas”.

MITdesignX 

O autor destaca que MITdesignX é um programa acadêmico da MIT School of Architecture and Planning (SA+P) – uma das cinco escolas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, localizado em Cambridge, nos Estados Unidos -, dedicado à inovação em design e empreendedorismo. O programa foi criado para capacitar estudantes, professores e pesquisadores a fim de construir empreendimentos e soluções inovadoras projetadas para enfrentar os desafios críticos enfrentados pelo futuro das cidades e do ambiente humano.

Na visão de Zanutim, a capacidade criativa de um indivíduo precisa ser aplicada e mais devolvida à cocriação e o trabalho em conjunto deve apoiar de forma significativa o exercício de sua humanidade. “Aplicar uma lente humana ao projeto é uma forma pragmática de nos envolvermos com a complexidade de nossas vidas, nos permitindo compreender questões subjacentes, necessidades e o contexto maior de onde emergem”.

Esse conhecimento pode facilitar o projeto de soluções transdisciplinares, sistemas, produtos e serviços, assim como novos empreendimentos que abordam os desafios críticos enfrentados, acrescenta o professor . “Agora, mais do que nunca, a descoberta de soluções sustentáveis, multidisciplinares, centradas no ser humano e escaláveis é necessária para buscar impactos significativos e de longo prazo”, pontua.

De acordo com Zanutim, o DesignX o ajudou a compreender o problema ou a necessidade de explorar, testar possíveis soluções e cumpri-las em sua empresa e projetos de inovação  , vislumbrando como transformar ideias e ideais em uma realidade possível e tangível. Este método ajuda a implantar a ideia para ter um impacto positivo entre as partes interessadas. 

“O processo não é linear, requer ciclos iterativos baseados na compreensão, em projeções avançadas das necessidades humanas e na descoberta e exploração de múltiplas possibilidades, antes de construir e implementar uma solução, criar um novo modelo ou uma nova empresa”, diz ele.

Técnica é opção para empreendedores brasileiros

Segundo o palestrante e trainer internacional, o MITdesignX tem se estabelecido de forma global, com boas perspectivas para o futuro a médio e longo prazo. “No Brasil, é tudo muito novo. Vejo uma vasta linha de possibilidades: o país tem muitas empresas e projetos que não nascem, não crescem ou não fazem um retrofit por falta de método e capacidade de novas competências, para os empresários ou para os times”.

Zanutim observa que é preciso capacitar os empresários brasileiros, de diversos segmentos e portes, a elevarem seus patamares de negócios e escala de forma mais ampla e, quem sabe, global.

“Nossas taxas de mortalidade ainda são grandes. O setor de MEI (Microempreendedores Individuais) é o que apresenta a maior taxa de mortalidade de negócios em até cinco anos”, afirma, citando dados de uma pesquisa do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). “De acordo com a pesquisa Sobrevivência de Empresas (2020), realizada com base em dados da Receita Federal e com levantamento de campo, a taxa de mortalidade dessa área de negócios é de 29%. Já as microempresas têm taxa, após cinco anos, de 21,6% e as de pequeno porte, de 17%”, reporta.

O professor e fundador da IC-Educ Educação Corporativa acredita que, por intermédio da educação e com um técnica avançada como o MITdesignX, torna-se possível reduzir as taxas de mortalidade e capacitar os novos empreendedores.

“Pessoas mais capacitadas geram mais riqueza para o país. Os processos são importantes, é preciso deixar de lado a falsa percepção de que tudo é rápido, fácil e escalável em velocidades jamais vistas, pois não é assim. A criatividade é feita de 90% de transpiração e 10% de inspiração. O MITdesignX vai fornecer os 10% e os outros 90% serão do empresário”, finaliza Zanutim.

Para mais informações sobre como aplicar o MITdesignX nos negócios, basta acessar: https://workshop.claudiozanutim.com.br/