Em 11 de abril é o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson e a importância de entender sobre essa doença pode ser fundamental para o tratamento no tempo adequado e para um cuidado responsável. Cuidar de alguém que sofre com uma doença degenerativa demanda conhecimento, tempo e paciência. Quem não está acostumado com as limitações do paciente, tende a ficar nervoso e a irritar-se com facilidade.
O Mal de Parkinson é um distúrbio degenerativo do sistema nervoso central, que consiste na degeneração de células que produzem dopamina, neurotransmissor presente no cérebro e que é fundamental, dentre outras funções, para ajudar na realização de movimentos corporais voluntários. A doença atinge 1% da população mundial acima dos 65 e, no Brasil, cerca de 200 mil pessoas.
Nem sempre o paciente apresenta os tremores peculiares à doença, isso é relativo ao estágio dela, no começo os tremores nem sempre são comuns. Os primeiros sintomas são cansaço, lentidão da movimentação e a redução da destreza para realizar movimentos simples. Os estágios se caracterizam com deficiências motoras progressivas até a situação de perda da independência.
O diagnóstico não é sentença de morte. Embora não tenha cura, existem tratamentos, como medicações que, aliadas à fonoaudiologia, atividades físicas e terapia ocupacional, melhoram a qualidade de vida do paciente.
“Tem tratamentos que proporcionam bem-estar e quanto antes forem iniciados melhor. A perda de equilíbrio é um sintoma comum nos pacientes e atividades físicas podem ajudar. Assim como a o enrijecimento muscular, que costuma causar fadiga, pode ser aliviado com terapia ocupacional. E a fonoaudiologia entra para tratar os problemas de deglutição”, comenta Márcia Sena, especialista em qualidade de vida na terceira idade e fundadora da Senior Concierge, empresa que tem como proposta garantir um envelhecimento ativo para o idoso, proporcionando qualidade de vida e bem-estar aos familiares.
Um outro fator característico da doença é a perda de peso, que deixam os tremores ainda mais frequentes.
“Por isso, acompanhar de perto a saúde e as refeições são práticas importantes”, diz Márcia.
Além disso, para quem já está em um estágio mais avançado da doença, aconselha-se contratar cuidadores profissionais que foram devidamente preparados para lidar com esse tipo de paciente proporcionando a ele mais bem-estar e qualidade de vida. Ao acompanhar o dia a dia do paciente de perto, favorece também a questão emocional, o que também é determinante para abrandar ou evitar casos de ansiedade intensa e depressão, sentimentos que podem agravar o quadro da doença.
“O cuidador presta auxílio e também mostra ao paciente quais as melhores estratégias para que ele não perca completamente a sua autonomia”, destaca Márcia.