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Segundo levantamento realizado pela consultoria McKinsey, a partir do portal Guia do Estudante, os níveis de bem-estar social e emocional da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) são os mais inferiores entre todas as gerações. De acordo com o estudo, os resultados tiveram como base pessoas entre 16 e 24 anos que estavam, nos últimos dois anos, em transição entre as fases de estudos e vida profissional. A pesquisa foi publicada neste ano.

Entre os entrevistados de cada geração, os níveis de sofrimento emocional apontados por eles foram: geração Z: 25%; millennials: 13%; geração X: 13%; e baby boomer: 8%. “Embora pesquisas de consumo sejam subjetivas e a geração Z não seja a única a relatar sofrimento, empregadores, educadores e líderes de saúde pública podem querer considerar o sentimento dessa geração emergente em como eles planejam o futuro”, dizem os autores da pesquisa.

Além disso, um artigo publicado pela consultoria afirma que “uma série de pesquisas de consumo e entrevistas conduzidas pela McKinsey indicaram diferenças agudas entre as gerações, com a geração Z reportando o panorama menos positivo sobre a vida”, o que ressalta a importância de investimento em inteligência emocional na escola.

70% dos estudantes apontam sintomas de depressão e ansiedade

Ainda sobre o assunto, segundo mapeamento desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo e o Instituto Ayrton Senna, a partir do portal da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, dois em cada três estudantes do 5º e 9º ano do ensino fundamental e 3ª série do ensino médio da rede estadual apontam sintomas ligados à depressão e ansiedade.

O levantamento possibilitou a análise do crescimento de competências socioemocionais no contexto da pandemia da Covid-19. Das pessoas analisadas, uma em cada três disse ter problemas para conseguir se concentrar no que é trabalhado em sala de aula; 18,8% relataram se sentir esgotados e sob pressão; 18,1% alegaram perder o sono devido às preocupações; e, por fim, 13,6% comentaram a perda da confiança em si.

Competências socioemocionais são entendidas como sendo o conjunto de características emocionais apresentadas em alguns casos, como na forma de executar uma ação, o sentir e no relacionamento consigo e com o outro, bem como no alcance de objetivos. Elas podem ser estimuladas em processos de aprendizagem, impactando também a vida dos estudantes. Importante ressaltar que são separadas em cinco áreas: abertura ao novo, autogestão, engajamento com os outros, amabilidade e resiliência emocional.

Segundo o Secretário da Educação do Estado de São Paulo, “os dados dão luz às competências que serão a base para promover o aprendizado e quantificam o impacto destes últimos anos na saúde mental. As questões socioemocionais impactam no aprendizado e também passam por pontos importantes, ligados à saúde mental, estratégias de aprendizagem e violência”.