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Poucas sabem, mas dores abdominais, espirros, coceira, prisão de ventre, diarreias, dores de cabeça e cansaço após as refeições podem ser causadas por algum tipo de intolerância alimentar. Essa doença pode acometer pessoas de qualquer idade e acontece porque o organismo não consegue digerir corretamente determinado nutriente causando vários desconfortos tanto no aparelho digestivo quanto, dependendo do caso, em várias partes do corpo.

Cerca de 35% da população brasileira com idade acima de 16 anos tem algum tipo de desconforto digestivo após o consumo de derivados do leite, segundo pesquisa do Datafolha.

O levantamento ainda mostra que entre as pessoas que relataram algum tipo de desconforto gastrointestinal, 88,2%, jamais receberam um diagnóstico médico, a maioria homens com mais de 35 anos. Apenas 4% dos entrevistados relatam terem ido procurar ajuda médica e, dentre esses, 1% foram diagnosticados com intolerância à lactose, o que corresponde a 1,5 milhão. As mulheres apresentam maior incidência da doença, correspondendo a 59% dos casos.

Mas, afinal, o que é a intolerância à lactose?

A intolerância à lactose ocorre devido à deficiência ou ineficiência na síntese de uma enzima, a lactase, que é produzida no aparelho digestivo e é responsável pela digestão do açúcar do leite. Ela é como uma “tesourinha” que o organismo produz para cortar a lactose em glicose e galactose. Acontece que algumas pessoas não conseguem produzir a lactase naturalmente, surgindo a intolerância. O problema pode desencadear dor e inchaço abdominal, diarreia, gases, azia, náusea e dor de cabeça.

Caso aconteça o problema, a indicação é procurar ajuda médica e retirar lácteos da dieta, como leite, iogurtes, queijos, margarinas e receitas com a presença de leite animal na composição. Lembrando que, hoje, já é possível fazer substituições de produtos de origem animal por vegetal.

Produtos com sabor e textura, só que vegetal

“Sem lactose, sem colesterol e fonte de vitaminas e minerais. Foram os benefícios nutricionais que fizeram o leite de castanhas ficar amigo da nossa saúde. A bebida rica em ômega-9 e gorduras saudáveis que atuam diretamente na saúde do coração, cérebro e na modulação da imunidade, além de auxiliar no funcionamento do intestino, no controle do apetite e no equilíbrio dos níveis de colesterol. Entre seu pool de vitaminas e minerais, estão o manganês, magnésio, zinco, selênio, fósforo, potássio e algumas das importantes vitaminas do complexo B”, explica Alessandra Luglio, consultora científica e nutricionista da A Tal da Castanha. 

A nutricionista explica que por não ter nada de origem animal, a bebida apresenta baixos teores de gorduras saturadas e tem índice glicêmico menor, podendo ser indicado para quem deseja diminuir alguns dígitos na balança. “Atualmente, o mercado de bebidas oferece rótulos variados que atendem a diversos gostos. O consumidor hoje consegue encontrar facilmente leite à base de castanha de caju e outros que misturam amêndoas, coco e castanhas do Pará, por exemplo”. 

O leite de castanhas pode ser consumido pura, batido com frutas ou como ingrediente de receitas, podendo substituir o leite de origem animal. “A minha dica é ficar de olho no rótulo e priorizar as bebidas que não apresentam gomas, conservantes, adição de açúcares, adoçantes, aromatizantes e espessantes. Por se tratar de uma bebida com sabor neutro, os leites se adaptam a qualquer receita, incluindo opções doces ou salgadas”, finaliza Alessandra.