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O tema do World Microbiome Day 2024 (Dia Mundial do Microbioma) é ‘Feed your microbes – How diet shapes your gut microbiome’ ou ‘Alimente seus micróbios – Como a dieta molda seu microbioma intestinal’. A campanha, criada pela APC Microbiome Ireland em 2018, é apoiada pela UE Microbiome Support e pelo European Food Information Council (EUFIC). A proposta do World Microbiome Day é celebrar todo o universo microbiano do planeta. Embora sejam invisíveis a olho nu, os microrganismos são fundamentais para a vida no planeta, pois habitam as plantas, os animais, a água, o solo, os alimentos e os seres humanos. Dentro de cada um desses habitats, os microrganismos formam comunidades chamadas de microbioma.

Dos  cerca de 100 trilhões de microrganismos que compõem o microbioma humano, habitando cinco sítios: oral, nasal, pele, gastrointestinal e urogenital, 70% estão concentrados nos intestinos. Cada ser humano tem uma microbiota intestinal única, como uma impressão digital. Formada a partir do nascimento até os três anos de idade da criança, a microbiota intestinal ganha características específicas de acordo com o tipo de parto e o tempo de amamentação, e permanece relativamente estável ao longo da vida em indivíduos sadios.

Entretanto, fatores como uso excessivo de antibióticos e tipo de alimentação ao longo da vida podem interferir na qualidade da microbiota e trazer consequências para a saúde. Além disso, o estresse frequente e o consumo abusivo de bebidas alcoólicas e de cigarros são apontados como fatores que interferem para o desbalanço da população microbiana intestinal – fenômeno conhecido como disbiose.

A disbiose intestinal pode alterar as respostas imunológicas, o metabolismo, a permeabilidade intestinal e a motilidade digestiva, levando o organismo a um estado pró-inflamatório que favorece o aparecimento de doenças metabólicas (como diabetes e obesidade), digestivas, neurológicas, autoimunes e até mesmo neoplásicas. Mais recentemente, pesquisadores têm comprovado que a disbiose também pode agravar as desordens neuropsiquiátricas e neurodegenerativas, a exemplo de doença de Parkinson, mal de Alzheimer e depressão.

Dieta saudável
Muitos estudos científicos confirmam que os hábitos alimentares desempenham um papel fundamental na modulação da composição da microbiota, porque os componentes dietéticos estão entre os contribuintes mais importantes para a alteração da população bacteriana intestinal. “Diversos pesquisadores já verificaram que a qualidade dos alimentos que ingerimos influencia diretamente a composição da nossa microbiota intestinal”, ressalta a engenheira de alimentos Helena Sanae Kajikawa, gerente do Departamento de Ciências e Pesquisas da Yakult do Brasil.

Os cientistas mostram, por exemplo, que há diferenças entre a microbiota intestinal de indivíduos alimentados com a dieta ocidental (em geral composta por alimentos industrializados, refinados, açucarados, processados e ultraprocessados) e a alimentação rica em fibras, vegetais, frutas, carnes magras, alimentos fermentados e probióticos. Em contrapartida, uma dieta pouco saudável promove o crescimento de cepas bacterianas específicas, levando à alteração do metabolismo fermentativo com um efeito direto no pH intestinal, o que pode favorecer o desenvolvimento de uma microbiota patogênica.

Os probióticos são microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde humana. Uma infinidade de pesquisas científicas avalia as bactérias probióticas e suas aplicações promissoras. Entre outros, foi documentado através de muitos ensaios clínicos que os probióticos podem moldar a microbiota intestinal levando ao potencial controle de doenças intestinais múltiplas e à promoção do bem-estar geral. “Os probióticos têm sido considerados fortes aliados na manutenção da saúde porque controlam o crescimento das bactérias nocivas e promovem a estabilização do ambiente intestinal”, afirma a gerente do Departamento de Ciências e Pesquisas da Yakult.

O Lactobacillus casei Shirota (LcS) é um dos probióticos mais estudados do mundo. Descoberto em 1930 pelo médico sanitarista Minoru Shirota, esta cepa exclusiva da Yakult está presente em todos os leites fermentados da marca desde 1935. As pesquisas realizadas no Instituto Central Yakult, em Tóquio, e em várias outras instituições de pesquisa ao redor do mundo, confirmam que o probiótico é resistente à passagem pelo suco gástrico e consegue chegar vivo e em grande quantidade ao intestino, onde produz vários metabólitos. Um deles é o ácido lático, responsável por melhorar a digestão e absorção dos nutrientes pelo organismo. O LcS também contribui para a diminuição das bactérias nocivas e de substâncias tóxicas no intestino, entre outros benefícios.

Simpósio
A cidade de São Paulo vai receber grandes nomes da pesquisa científica na área de Microbiologia e Tecnologia em Alimentos durante o Yakult International Symposia on Beneficial Microbes – Fundamental Science and Innovative Applications, que será realizado nos dias 27 e 28 de março de 2025. O Simpósio Internacional organizado pela Yakult do Brasil, em parceria com o International Scientific Conference on Probiotics, Prebiotics, Gut Microbiota and Health (IPC), visa compartilhar as mais recentes descobertas científicas na área e discutir como esse conhecimento poderá ser aplicado para melhorar a saúde humana. O evento também reunirá especialistas na ciência dos probióticos, abrangendo aspectos de produção e aplicação em alimentação humana e animal, agricultura e medicina.

Mais informações
Fundada em 1955 pelo médico e pesquisador Minoru Shirota, a Yakult Honsha, sediada em Tóquio, no Japão, pesquisa os microrganismos probióticos promotores da saúde. Presente em 40 países e regiões, a marca faz parte dos hábitos alimentares diários de mais de 40 milhões de consumidores no mundo. A filial brasileira completa 56 anos em 2024. Para outras informações, basta acessar o site www.yakult.com.br ou as redes sociais da empresa: Facebook/yakultbrasiloficialInstagram@yakultbrasil e TikTok/yakultbrasil.