Para pessoas com perda auditiva, ouvir no ruído e à distância é um grande desafio. As tecnologias disponíveis hoje realizam um excelente trabalho
Surdez e perda auditiva são termos comuns para designar uma alteração sensorial grave e invisível. A tecnologia assistiva como uso dos microfones sem fio tem ganhado mais espaço e despertado o interesse do público adulto inserido no mercado de trabalho, principalmente com o desafio do distanciamento social.
Surdez e perda auditiva são os termos mais comuns para designar uma alteração sensorial grave e invisível que afeta não só a pessoa com dificuldade de ouvir e entender a fala como também toda a rede de relacionamento do seu respectivo convívio diário.
De acordo com a OMS, 466 milhões de pessoas no mundo sofrem com as consequências causadas pela falta da audição¹. No Brasil, dados do Instituto Locomotiva apontam mais de 10 milhões de brasileiros possuem algum grau de perda auditiva, o que leva a uma dificuldade importante na comunicação, autonomia e sensação de bem-estar para a qualidade de vida².
Um ponto importante no contexto de vida para as pessoas que sofrem com a privação dos sons é o avanço das tecnologias existentes para romper as barreiras na comunicação.
A adaptação dos aparelhos auditivos ou indicação ao implante coclear no caso de perdas mais severas são o primeiro passo para restabelecer o acesso ao mundo sonoro e, além desses, a tecnologia assistiva como uso dos microfones sem fio tem ganhado cada vez mais espaço e despertado o interesse do público adulto, principalmente com os desafios de distanciamento social e proteções necessárias neste período de pandemia.
Mas o que faz um sistema de microfone sem fio?
A fonoaudióloga Talita Donini, gerente de produtos estratégicos da Sonova, explica essa tecnologia: “Para pessoas com perda auditiva, ouvir no ruído e à distância é um grande desafio.
As tecnologias disponíveis hoje realizam um excelente trabalho para o acesso do som, mas dependendo dos fatores do ambiente onde ouvir é necessário, como, por exemplo, ouvir na rua com ruídos de fundo, participar de uma reunião de trabalho com equipe, manter o uso de fones no trabalho remoto impõem, pelo contexto e ambiente, uma diminuição no volume da fala que chega ao microfone do aparelho ou implante coclear.
É por isso que muitas vezes as pessoas referem que escutam, mas não entendem a fala, ou, bastante frequente, têm uma dispensa de energia grande para estarem atentos e entenderem a fala, o que gera um cansaço importante ao final do dia.
Os microfones sem fio, como o sistema Roger, captam a fala e entregam direto no aparelho. Eles vencem essas barreiras do ambiente que dificultam a comunicação”.
As tecnologias atuais possuem atualmente inteligência artificial que permitem o reconhecimento de fala de forma automática no ruído, possibilitando o controle por toque pelo usuário para otimizar a escuta de uma conversa em grupo, por exemplo, onde é possível selecionar o foco entre 6 direções possíveis.
O uso da tecnologia assistiva é uma estratégia com benefícios enormes para crianças com perda auditiva, principalmente na escola: “Agora temos a possibilidade de melhorar autonomia e qualidade nas relações e comunicação para os adultos que possuem dificuldades em ouvir. É um fator que muda a vida das pessoas”, reforça Talita.
Microfones como o Roger Select são adaptados por um fonoaudiólogo e também transmitem o som de TV, computador, tablet e celular.
É uma tecnologia desenvolvida pela Phonak, empresa suíça que pesquisa e desenvolve há mais de 70 anos produtos dedicados a melhorar a qualidade de vida das pessoas com deficiência auditiva.
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² Instituto Locomotiva: https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2019-10/brasil-tem-107-milhoes-de-deficientes-auditivos-diz-estudo#:~:text=Desse%20total%2C%202%2C3%20milh%C3%B5es,foi%20antes%20dos%2050%20anos.
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