A União Europeia planeja proibir as viagens vindas dos EUA, Brasil e Rússia quando reabrir suas fronteiras em 1º de julho por causa do mau planejamento da pandemia do COVID-19 destes países, de acordo com um relatório do Jornal The New York Times.
Segundo os planos atuais, os EUA, Brasil e Rússia estarão na lista de países proibidos. A justificativa da União Europeia (UE) é que os três países tiveram números de contaminados e óbitos péssimos, desde o inicio da pandemia.
Entretanto, viagens vindas da China, assim como de alguns países em desenvolvimento, serão permitidas, afirma o relatório.
A UE ainda está finalizando a lista, informa o The New York Times (NYT), e espera enviá-la aos 27 membros do bloco na próxima semana, antes do prazo do dia 1º de julho.
Os membros estão sendo fortemente encorajados a adotá-lo, caso contrário, a UE poderá considerar o restabelecimento de fronteiras mais rígidas dentro do bloco. Agindo assim, para impedir que viajantes de países da lista entrem em um país com restrições mais rígidas e cruzem a fronteira.
Os EUA, com quase 2,4 milhões de casos confirmados e mais de 123.000 mortes, já são, há algum tempo, o epicentro da pandemia do COVID-19. Brasil é o segundo com mais de 1,1 milhão de casos e mais de 51.000 mortes.
A contenção da Rússia parece melhor do que os EUA, com menos de 10.000 mortes relatadas e pouco mais de meio milhão de casos confirmados.
Quais os critérios de avaliação que a União Europeia tem usado para avaliar países?
Todos os três países são considerados inseguros de acordo com um conjunto de critérios epidemiológicos que a UE tem usado para analisar países.
A métrica principal, informada pelo NYT, é uma medida do número médio de novos casos por 100.000 pessoas nos últimos 14 dias:
- UE tem uma média de 14
- EUA tem uma média de 107
- Brasil tem uma média de 180
- Rússia tem uma média de 80.
Os presidentes Trump (EUA), Jair Bolsonaro e Vladimir Putin (RU), atrapalharam os processos para a proteção precoce ao vírus. Minimizaram a gravidade da situação se recusando a adotar medidas de saúde e segurança pública que poderiam ter contido o vírus desde o início.
A resposta mais significativa de Trump foi proibir as viagens da China em janeiro e da UE em março. Mesmo assim o vírus continuou a se espalhar pelos EUA devido à fraca coordenação, planejamento e mensagens do governo nos níveis federal e estadual.
Sobre as taxas de contaminados e óbitos
Embora as taxas de novos casos tenham caído em outros lugares, incluindo a UE, a taxa de novos casos nos EUA é assustadoramente fixa.
No Brasil, segundo números do Google, até o momento desta edição foram conformados:
- 1.151.479 casos confirmados
- 613.345 recuperados
- 52,771 óbitos
Os três países começaram a reabrir seus comércios, porém os números começam a aumentar, sugerindo uma falha completa na contenção do vírus.
No Brasil, Bolsonaro vê ‘exagero’ em ações contra coronavírus e faz apelo por reabertura do comércio.
Nos últimos dias, Trump também começou a afirmar erroneamente que a taxa de testes nos EUA é muito alta, o que, segundo ele, resulta em um número inflado de novos casos confirmados de COVID-19.
Porem, a óbvia realidade dos resultados positivos dos testes mostram o estado do vírus e sua propagação entre as populações dos EUA.
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