Diariamente acompanho o esforço dos grandes players em tecnologia que têm trabalhado fortemente para tornar a Inteligência Artificial mais acessível para as empresas.
Por outro lado, enquanto a adoção da IA ainda está decolando, a implantação corporativa está apenas a um terço do caminho.
Embora o percurso pareça longo, acredito que todo negócio se tornará uma empresa de IA, não porque pode — mas porque deve.
O uso de Inteligência Artificial é um diferencial competitivo e amplia a experiência digital dos consumidores.
Segundo uma pesquisa da International Data Corporation (IDC), entre 2018 e 2019, as organizações que implantaram IA cresceram de 4% para 14%.
Ainda de acordo com a IDC, até 2024, as empresas movidas por AI responderão aos seus clientes, concorrentes, reguladores e parceiros 50% mais rápido do que seus pares1 e, até 2025, as empresas baseadas em IA terão um aumento de 100% na produtividade e no conhecimento de sua força de trabalho, resultando em tempos de resposta mais curtos, maior sucesso na inovação de produtos e satisfação do cliente2.
No entanto, as barreiras ao escalonamento da tecnologia para companhias ainda estão relacionadas à confiança ou ceticismo com os resultados, qualidade e complexidade dos dados e lacunas de habilidades para construir sua implementação.
Pensando nisso, entendo que todo o esforço deve ser voltado para resolver esses obstáculos de entrada e tornar a tecnologia mais acessível para as empresas, oferecendo uma arquitetura baseada em insights do cliente que ilustra as cinco áreas principais em que devem se envolver para implementar com sucesso os recursos dela: coletar, organizar e analisar os dados, infundir Inteligência Artificial em todo o negócio e modernizar, tornando os dados prontos para um mundo de IA e nuvem híbrida.
De que forma é possível fazer isso?
Anos atrás, a IBM, empresa em que atuo, desenvolveu uma tese sobre como a Inteligência Artificial para negócios seria diferente de como é para o consumidor.
Enquanto a inovação de IA para o consumidor se concentra em aplicativos como, por exemplo, alto-falantes inteligentes ou gerenciamento de plataforma de mídia social, para negócios, envolve automação, otimização e melhores previsões para a empresa. Logo, no segundo caso, ela requer um conjunto totalmente diferente de recursos técnicos.
Por isso, a IBM desenvolveu o Watson para auxiliar os clientes a construir, executar e gerenciar a Inteligência Artificial, em qualquer lugar.
Na última década, o Watson deixou de ser “pesquisa e experimentação”, para se transformar em uma plataforma de Inteligência Artificial madura e dimensionada para empresas que funcionam em qualquer lugar, e que trabalha de duas formas:
- Fornece aos clientes aplicativos pré-construídos que visam resolver um problema específico, onde a IA pode ter um impacto profundo e um rápido retorno de valor, incluindo atendimento ao cliente, autoatendimento, gerenciamento de risco e conformidade, TI e planejamento e previsão, que podem ser executados em qualquer lugar.
- E oferece aos desenvolvedores e cientistas de dados ferramentas para construção e implementação de IA, ou seja, APIs e ferramentas para construir e implantar modelos personalizados. Assim, tais recursos ajudam uma organização a coletar e organizar dados, construir modelos em produção e gerenciá-los em todo o ciclo de vida.
Atualmente, marcas líderes em uma variedade de setores utilizam essa tecnologia para transformar o modo como as pessoas trabalham, incluindo empresas como o Magazine Luiza, que usa IA do IBM Watson para sua influenciadora digital Lu, a face de interação com seus clientes nos últimos anos.
A TIM, que também usa IA da IBM em seu canal de relacionamento com os clientes para responder dúvidas ou problemas dos consumidores sobre questões relacionadas aos serviços oferecidos pela operadora.
Um estudo da IBM com executivos C-Level de todo o mundo, incluindo o Brasil, revelou que quase seis em cada dez organizações pesquisadas aceleraram suas transformações digitais devido à pandemia e que líderes de negócios planejam aumentar a priorização de novas tecnologias, como nuvem e inteligência artificial.
No país, o percentual de líderes que planejam aumentar a priorização da inteligência artificial é de 48%3.
Não há dúvidas que a inteligência artificial já faz parte fundamental do sucesso dos negócios.
O que irá diferenciar essa jornada é a capacidade das empresas em entender o real benefício da IA envolvendo a automação de fluxos de trabalho inteligentes, a otimização processos e a geração de insights para planejar de maneira estratégica os próximos passos do negócio.
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Texto produzido por Marcelo Trevisani – com mais de 20 anos de experiência como profissional nas áreas de Digital Marketing, Transformação Digital, Inovação, Chief Marketing Officer, é considerado um dos nomes mais relevantes da área. Participou de grandes cases de Marketing Digital do Brasil para empresas como Tecnisa, BRF, Itaú, Coca-Cola, Nestlé e Vivo, além de ter sido finalista e vencedor em prêmios como Caboré 2017 e CMO 2019, respectivamente. Atualmente, como Chief Marketing Officer, embasa seu trabalho em 3 pilares: Marketing – pelo foco no consumidor, Growth – pelo foco em crescimento de negócio e Marketing Digital e Growth Hacking – como facilitadora de trabalhos. Foi criador e professor do primeiro curso de pós-graduação em Marketing Digital do Brasil, além de professor de MBAs e Pós-Graduações por mais de 10 anos em instituições como ESPM, FGV Business School e FIAP. Também é palestrante em eventos relacionados à Nova Economia, Transformação Digital, Marketing Digital e Growth Hacking em locais como ESPM, Endeavor, CUBO Itaú, SEBRAE, Digitalks, Casa Digital, ProXXima, Social Media Week, In Companies entre outros.