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O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou, no dia 29 de abril, o mais recente balanço sobre o desemprego no Brasil, apontando uma taxa de 11,1% da população, o que corresponde a 11,949 milhões de brasileiros. Há um mercado, porém, em que, no sentido oposto, sobram vagas e faltam profissionais. Para quem trabalha com TI (Tecnologia da Informação), a possibilidade de escolher o melhor cargo é muito maior do que ficar sem emprego. 

Tal panorama pode ser embasado por dados. De acordo com a Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais), a previsão é de que o país tenha uma demanda de cerca de 800 mil profissionais para a área de TI até 2025 – ou 160 mil novas vagas por ano para programadores, desenvolvedores e afins. Ainda de acordo com informe da Brasscom, de janeiro a setembro de 2021, foram contratados 123 mil novos profissionais para vagas da área, ante uma estimativa de 56 mil novos postos de trabalho previstos para o ano todo, em uma estimativa feita em 2019. 

As cifras movimentadas por este mercado, bem como o investimento realizado neste segmento nos últimos anos, também só crescem. De acordo com reportagem da Istoé Dinheiro, baseada em um levantamento em que foram utilizados dados da Brasscom, da IDC e da Frost & Sullivan, o segmento movimentou cerca de R$ 154 bilhões em 2020. Além disso, o levantamento realizado pelo periódico apontou que houve um investimento de R$ 413 bilhões em tecnologias de transformação digital entre 2017 e 2021 no país.

Analisando o cenário latino-americano, o mercado de TI apresentou uma alta de 8,5% em 2021, de acordo com a IDC, empresa de pesquisa, análise e consultoria do setor de TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação) – a estimativa é de que, em 2022, o crescimento seja de 9,4% no mercado corporativo (excluindo o mercado consumidor).

A capacitação de novos profissionais, por outro lado, não é acompanhada na mesma velocidade, já que, de acordo com o MEC (Ministério da Educação), o ensino superior brasileiro forma por volta de 50 mil profissionais da área por ano. 

Desenvolvimento em low-code

Para Leandro Garcia, sócio-diretor da Kafnet, empresa de soluções em tecnologia, a volatilidade e a organicidade do mercado de TI faz com que mesmo os novos profissionais do segmento, ainda que tenham empregos praticamente certos, tenham que estar sempre se atualizando com as novas tendências e tecnologias que surgem. Neste sentido, o profissional cita o desenvolvimento de sites em low-code (“pouco código”, em tradução livre) como uma das tendências atuais. 

A tecnologia simplifica a programação para o desenvolvimento de softwares, tornando mais rápido – para isso, a inovação utiliza uma combinação de modelos pré-definidos, técnicas de design gráfico e ferramentas simplificadas.

“Se temos alta demanda de vagas de trabalho na área de desenvolvimento, tecnologia e poucos profissionais disponíveis, trabalhar com low-code pode ser uma grande oportunidade, pois a jornada de aprendizado é muito rápida”, afirma Garcia, indicando que desenvolvedores iniciantes podem, em 2 ou 3 horas, começa a criar um aplicativo.

Sobre este mercado específico, dados publicados pela consultoria Gartner apontam que, até 2024, mais de 65% dos softwares e aplicativos serão desenvolvidos em low-code – o mesmo relatório da Gartner mostrou que o segmento movimentou cerca de US$ 13,8 bilhões (R$ 69,29 bilhões), em âmbito global, no ano de 2021, uma alta de 22,6% em relação a 2020.

Para mais informações, basta acessar: https://www.kafnet.com.br/