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Aos poucos, diferentes segmentos da economia vão se recuperando após os efeitos da pandemia da Covid-19. Pela primeira vez desde o início da crise sanitária, em março de 2020, o setor de seguro para viagem superou o patamar de vendas anterior à época da primeira quarentena no Brasil.

Segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), do Ministério da Economia, as contratações desse tipo de serviço somaram R$ 111 milhões no primeiro bimestre deste ano. Em termos reais (já descontada a inflação), esses valores estão 7% acima do registrado no mesmo período de 2020.

Já na comparação com os três primeiros meses de 2021, os resultados são três vezes maiores (200%), sem considerar a inflação (números nominais). Levando em conta o aumento dos preços de bens e serviços no país, a alta é equivalente a 172% do faturamento apresentado no início do ano passado.

Em outro estudo da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), foi constatado que o segmento de seguro para viagens foi o que mais evoluiu em termos nominais entre aqueles que atuam com planos de risco, à frente, por exemplo, dos seguros para doenças graves/terminais (+25%) e de vida individuais (+24%).

Europa vai pedir autorização de viagem e taxa de brasileiros

A partir de maio de 2023, a União Europeia passará a exigir de passageiros com passaportes de países isentos de visto, como o Brasil, uma autorização de viagens mediante pagamento de uma taxa de 7 euros. A medida tem o objetivo de combater a imigração ilegal e aumentar a segurança nos territórios que compõem o bloco.

Isso possibilitará que viajantes com histórico de crimes no cruzamento de fronteiras ou ligação com organizações terroristas sejam barrados antes mesmo de embarcar no aeroporto de origem. De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Viagem e Autorização (ETIAS), o documento não equivale a um visto e servirá para facilitar a entrada de turistas no Velho Continente, diminuindo as filas e agilizando os processos de imigração.

Após anos de debate sobre o modelo de implementação, a autorização terá validade de três anos ou então o mesmo prazo do passaporte, caso ele expire antes desse período. Para emitir o documento, será necessário o preenchimento de um formulário on-line. Cidadãos estrangeiros de 18 a 70 anos deverão pagar a taxa no ato por via eletrônica.

A Comissão Europeia também indica que, para diferentes casos, poderão ser solicitadas informações adicionais, como o envio de dados e documentos, de preferência com tradução juramentada para facilitar o processo. Devido a isso, as autoridades sugerem que o procedimento seja realizado com antecedência pelos passageiros para que suas viagens não sejam comprometidas.

Autorizações negadas podem ser revertidas com uma apelação para os países que avaliaram a candidatura, segundo informações que deverão ser fornecidas pelo ETIAS ao requerente. Aqueles que conseguirem chegar à fronteira sem o documento serão barrados e deportados para o seu país de origem.