Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), pelo portal JOTA, o setor de máquinas e equipamentos aguarda avançar, ao menos, 4% em 2022, com mais destaque para exportações (11%) e menos para o mercado doméstico (1,5%). Ainda conforme o presidente do conselho da administração da Abimaq, o setor deve ter um avanço superior a 20%. No começo do ano passado, a estimativa de aumento era de 12%, momento ainda repleto de inseguranças por conta da pandemia da Covid-19. Com o retorno da produção brasileira e de outros locais, o setor sofreu um avanço, promovendo também um aumento na demanda dos setores minerais e agrícolas. Até outubro de 2021, as vendas no segmento de máquinas agrícolas aumentaram 44%, e máquinas para construção civil, 72%.
O setor também avançou quase 10 pontos percentuais em relação ao market share, tendo, em conjunto, mais contribuições por conta das concessões à iniciativa privada em ferrovias, aeroportos, terminais ferroviários e saneamento e benefícios por investimentos no setor de celulose. Para este ano, espera-se que os investimentos em obras de infraestrutura continuem. A carteira de pedidos deve crescer 25% ante 2019.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) ainda prevê um crescimento de 14,7% na agricultura em relação à safra de grãos. A Abimaq está focada em inclusão social, formando mão de obra pela redinamização econômica e reforma tributária, para não ter cumulatividade. É preciso ações “que ofereçam ao produto nacional maior competitividade nacional e internacional, e isso passa por eliminar todas as ineficiências sistêmicas (sistema tributário perverso, elevado custo do capital, infraestrutura ruim, etc.) e garantir condições para investimento, desenvolvimento de bens e serviços sofisticados que demandam elevado volume de mão de obra e agregam renda à população”, explica o presidente do conselho da administração da Abimaq.
Confiança da indústria cai, porém, intenção de consumo das famílias aumenta
Ainda sobre o setor industrial, o que inclui um centro de usinagem, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelo Bem Paraná, a confiança da indústria teve uma queda em 22 dos 29 setores em março deste ano. O retrocesso no Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), ante o mês anterior ao analisado, foi motivado, essencialmente, pela piora na percepção do empresário sobre o momento econômico atual e do setor de indústrias. Além disso, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) avançou 1,8% entre fevereiro e março, sendo a terceira alta seguida do indicador. Com isso, o ICF alcançou 78,1 pontos.