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A Santana Financeira, uma das mais tradicionais do setor em São Paulo, entra em uma nova fase de negócios para expandir sua atuação de mercado. Para isso, aposta em uma combinação que deve ser a receita de seu crescimento nos próximos anos: investimentos em marketing, tecnologia, expertise em crédito e cultura empreendedora.

Fundada em 1990 por João do Santos Caritá, a empresa começou a sua operação como Santana Factoring. A seguir, vieram a Shopcred Promotora e a Shopcred Sociedade de Crédito ao Microempreendedor. Mas foi no final de 2009 que a empresa ganhou o nome de Santana S.A Crédito, Financiamento e Investimento, com a aprovação do Banco Central da transformação da empresa de microcrédito, entregando serviços de antecipação de recebíveis, financiamento e investimento. O nome veio, justamente, do bairro onde a família Caritá e a empresa nasceram e se desenvolveram: o bairro de Santana, na zona Norte de São Paulo.

Os negócios se expandiram e ganharam todo o Estado de São Paulo, se consolidando, principalmente, no interior, onde estão mais de 60% de seus clientes. O desafio agora é fidelizar esses parceiros. No radar também estão os planos de extrapolar os limites regionais e buscar oportunidades em outros mercados, em regiões que têm apresentado indicadores sustentáveis de desenvolvimento.

Nos últimos dois anos, a empresa tem passado por uma espécie de transformação silenciosa, que envolve investimentos e estratégias baseadas em ASG (Ambiental, Social e Governança), incluindo capacitação de pessoas, tecnologia e marketing. O aporte financeiro nesse projeto deve ultrapassar o patamar de R$ 5 milhões até 2025.  

Desse processo de mudança, nasceu a SF3, nome que representa os três pilares de sua oferta: Pessoa Física, Pessoa Jurídica e Investimentos. A nova marca define o novo momento da empresa: ajudar no desenvolvimento de negócios de seus parceiros, por meio de educação financeira, informações sobre gestão e uso consciente do crédito.

O foco da SF3 será a entrega de soluções de crédito para micro e pequenos negócios, formados por lojas de veículos usados, indústrias e varejo. E aqui estão as suas chances de crescimento: esse público não é bem assistido por bancos e instituições financeiras. “São empreendedores que precisam de parceiros que aportem inteligência em gestão, educação financeira e crédito”, diz Junior Caritá, um dos sócios e diretor da SF3. “Além desses públicos, estamos nos aprofundando em outros nichos como micro e pequenas indústrias como metal e plásticos”, acrescenta.

“Somos a resposta para uma demanda de mercado grande e crescente. Vinda de um segmento que sofre com a burocracia, carga tributária e pouco acesso a crédito. Representamos a construção de uma nova forma de suportar o crescimento de pequenos negócios no mercado brasileiro”, diz Junior.

“Temos uma cultura de proximidade com nossos clientes e de agilidade nas relações e processos. Queremos estender esse perfil de atuação para um maior número de pequenos empresários. Além disso, somos empreendedores e entendemos os desafios e necessidades de nossos clientes. Temos um diálogo direto, simples, de igual para igual, explica também sócio e diretor da SF3, Joca Caritá.

Para a SF3, o amadurecimento do ecossistema financeiro no Brasil, a partir do open banking, está ajudando a moldar um modelo, fortemente, amparado pela ideia de serviços na nuvem. Ou seja, bancos e financeiras passam a atuar como provedor, transformando seus principais parceiros em “correspondentes” ou “agentes” para que eles possam ofertar soluções financeiras para seus próprios clientes. Nesse caso, a financeira está na nuvem e integra o varejo e a realidade de quem opera na ponta e conhece as necessidades.

A SF3 entregará ao mercado soluções financeiras, que já vinham sendo ofertadas pela Santana. “São ideias bastante simples e assertivas, que atendem pequenas indústrias e lojas de carros – e seus clientes. São elas: financiamento e refinanciamento de veículos, antecipação de recebíveis e capital de giro, microcrédito e Investimentos com garantia do FGC.