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A evolução dos chamados procedimentos estéticos não invasivos – que consistem em técnicas que não utilizam agulhas ou cirurgias – tem ganhado força no Brasil ao longo das últimas décadas. Um desses métodos voltados especificamente para o emagrecimento do paciente é a criolipólise. 

O procedimento baseia-se no congelamento do tecido adiposo (a gordura corporal) através da aplicação de temperaturas muito baixas durante um determinado período de tempo, sendo possível, com isso, separar a gordura dos tecidos, induzindo-a à eliminação de forma natural e controlada. 

O processo é feito com o uso de um aparelho que promove uma espécie de sucção na pele e pode ser aplicado em coxas, abdômen, flancos, tórax posterior e nos braços. De acordo com uma pesquisa da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, uma única sessão pode destruir entre 20% e 25% das células de gordura da área tratada, embora os resultados só tendem a aparecer ao longo das semanas seguintes ao procedimento. 

Buscando desenvolver um processo que traga resultados mais assertivos, em São Paulo, a farmacêutica esteta Isa Thomazini desenvolveu uma nova técnica de criolipólise, batizada de CrioFit. De acordo com a profissional, o procedimento foi desenvolvido junto ao médico Dr.Guilherme Thomazini, que avaliou os resultados e o método aplicado, garantindo a segurança para os pacientes. 

O que diferencia a novidade do processo anterior, explica ela, é a posição do equipamento no corpo do paciente. “Levamos em consideração a anatomia muscular em relação ao tecido adiposo, conseguindo, assim, que uma quantidade maior de gordura seja atingida”, explica Dra. Thomazini. “O tempo de resfriamento para cada região, além disso, também é maior: o paciente fica em média de 6 a 8 horas na máquina”.

Para a farmacêutica esteta, o método, ainda que tenha se popularizado no Brasil, havia permanecido “estagnado, sem evolução” nos últimos anos. A profissional conta, porém, que a maneira como o equipamento é colocado no paciente e um maior tempo de exposição podem resultar em resultados mais assertivos, com a possibilidade de redução de até 60% da gordura localizada em uma sessão.

Nos Estados Unidos, a FDA (Food and Drug Administration), agência que regula alimentos e medicamentos no país, considera a criolipólise um procedimento seguro desde 2008, ao passo que, no Brasil, o método é regulamentado pelo CFF (Conselho Federal de Farmácia), sendo necessário que os equipamentos utilizados tenham certificação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

De acordo com a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), as contraindicações relacionadas ao procedimento “são mínimas”, podendo ser registrado casos de hérnia no local, urticária ao frio e crioglobulinemia (doenças relacionadas ao frio). 

Há, ainda, um distúrbio chamado hiperplasia adiposa paradoxal, que faz com que as células de gordura aumentem ao invés de escolherem, formando uma área endurecida de gordura localizada. De acordo com estudo publicado em 2014 na revista científica JAMA Dermatology, da Associação Médica Americana (AMA, na sigla em inglês), porém, as chances de isso acontecer são de apenas 0,0051%.

De acordo com reportagem da BBC, estima-se que, a cada ano, sejam realizados mais de oito milhões de tratamentos desse tipo em todo o planeta.

Para saber mais, basta acessar: www.isathomazini.com.br