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A gordura corporal nos seres humanos é uma fonte de energia primária e um isolante térmico para o corpo. Trata-se de um estoque natural criado pelo organismo quando a energia ingerida por meio dos alimentos é maior do que a que o corpo requer para realizar suas atividades. Criam-se, então, os adipócitos, que compõem o tecido adiposo.

Nomenclaturas e ciência à parte, fato é que a vida nos centros urbanos foi facilitada com tecnologias e meios de locomoção e essa praticidade reduziu a necessidade do ser humano de se mexer, de suar a camisa, para exercer suas atividades básicas como conseguir abrigo, alimento e água.

E são raras as pessoas obesas que estão felizes com a própria situação. Seja por estética, saúde ou bem-estar, o acúmulo de gordura causa uma série de complicações para homens e mulheres, desde um forte impacto na autoestima até problemas vasculares que abrem as portas para várias outras doenças.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é um dos principais fatores de risco para várias doenças não transmissíveis (DNTs), como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, hipertensão, acidente vascular cerebral e várias formas de câncer.

Da mesma maneira que há metabolismos diferentes (rápidos e lentos), que fazem pessoas gastarem mais energia em repouso do que as outras, também há corpos que respondem diferentemente à transformação da energia em gordura.

E é a gordura localizada que mais tende a incomodar as pessoas esteticamente. Por mais que o indivíduo entre em um ritmo de alimentação saudável e perca alguns quilos, os “pneuzinhos”, os culotes, flancos, coxas, abdômen e/ou glúteos tendem a persistir.

Em relação aos culotes, as gorduras localizadas, a tendência é que, sim, demorem mais para serem eliminadas do corpo. De acordo com especialistas da clínica mineira Kédima Nassif, fatores genéticos e metabólicos costumam contribuir para esta lentidão, além de questões hormonais e quantidade de massa muscular. Ciente disto, sabendo que terá impacto, a indústria farmacêutica cria uma enxurrada de “fórmulas mágicas”, que em sua grande maioria são totalmente ineficazes.

Perder gordura localizada deve ser uma missão secundária em um contexto geral de primeiramente emagrecer. O tratamento para eliminar gordura localizada é o exercício físico focado naquela região corporal. Por exemplo, se a gordura está acima da cintura um abdominal focado naquela área é a uma possível solução. Aparelhos de radiofrequências, aparelho de criolipolise de placas , remédios que “atacam a gordura localizada”, redutores de gordura e outras alternativas, muitas delas invasivas, podem prometer resultados se aliados aos exercícios físicos e melhor alimentação, mas sem mudança de hábitos para valer, esses produtos e tratamentos serão apenas desperdício de dinheiro.