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Mudança climática é alerta para diferentes setores da economia

O enfrentamento às mudanças climáticas convoca o empenho dos diferentes setores da economia e da sociedade como um todo, visto que limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme o Acordo de Paris, exige que as emissões globais de gases de efeito estufa atinjam o pico antes de 2025 e sejam reduzidas em 43% até 2030, segundo o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

A Organização das Nações Unidas (ONU) alerta que as emissões de CO2 podem aumentar as temperaturas globais até 4,4°C até o final do século. As liberações desses gases que provocam as alterações climáticas vêm de todas as partes do mundo, no entanto alguns países produzem mais do que outros. Os 100 países menos emissores geram 3% das emissões totais. Já os 10 com as maiores emissões contribuem com 68%.

Para tanto, uma série de ações estão sendo implementadas para que essa questão ambiental ganhe mais atenção. De acordo com o último relatório do IPCC, divulgado em abril de 2022, desde 2010, houve reduções de até 85% nos custos de energia solar e eólica e baterias. Contudo o documento enfatiza a necessidade de transições no setor de energia, com diminuição substancial no uso de combustíveis fósseis, eletrificação generalizada e uso de combustíveis alternativos.

Por sua vez, a indústria é o setor responsável por cerca de um quarto das emissões globais. O IPCC aponta que a reciclagem de produtos e a minimização de resíduos, assim como a eletricidade de baixa e zero emissões, são caminhos eficazes nesta força-tarefa.

Para Daniel Maximilian Da Costa, fundador e principal executivo do Latin American Quality Institute (LAQI), o setor empresarial pode muito contribuir com a redução das mudanças climáticas, por meio de intervenções específicas destinadas à redução das emissões de gases de efeito estufa e aumento do armazenamento de carbono em florestas, pastagens e pântanos. Ele ressalta, ainda, que a comunidade externa deve ser envolvida nessas ações.

“É fundamental reconhecer que as comunidades locais, incluindo os povos indígenas, estão no centro de soluções climáticas naturais bem-sucedidas. Os esforços do setor privado devem ser direcionados para projetos que gerem benefícios socioeconômicos que sejam baseados na participação local e gerem ganhos líquidos de biodiversidade”, conclui.

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