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Mercado de trabalho em segurança cibernética tem alta demanda por profissionais

Após um ano de pandemia, 2021 foi sinônimo de vacina para os brasileiros. Em dezembro, num momento em que muitas atividades estavam voltando ao normal com a exigência de comprovação de vacinação, o site do Ministério da Saúde e a plataforma Conecte SUS saíram do ar após um ataque hacker. Quase quatro meses após o ocorrido, pessoas relataram à Folha de S. Paulo que o passaporte vacinal do governo ainda está deficitário ou que foram necessários meses até que a falha fosse corrigida.

Esse ataque se enquadra como Ransomware, um malware que pesquisa os discos rígidos dos computadores da instituição em busca de informações preciosas e criptografa tudo, bloqueando os arquivos para posteriormente pedir resgate para devolvê-los. Atualmente, é o crime cibernético que mais atinge as empresas. Em estudo exclusivo da consultoria alemã Roland Berger ao Estadão, foi constatado que, a cada segundo, uma empresa recebe uma tentativa de ataque hacker no país, sendo o Brasil o 4.º lugar entre os que mais sofrem tentativas deste tipo de golpe.

Segundo dados da consultoria Accenture, os registros de ataques virtuais saltaram 125% no primeiro semestre de 2021 em relação ao mesmo período em 2020. Com isto, cargos de cibersegurança apareceram entre as cinco profissões em alta no ranking do LinkedIn nos últimos anos. Milton Beck, diretor geral da empresa na América Latina, comenta que o desafio do mercado de tecnologia continua sendo suprir a alta procura por mão de obra especializada. Segundo relatório da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação de Tecnologias Digitais (Brasscom), até 2025 faltarão 532 mil profissionais de tecnologia para as 797 mil vagas que serão criadas em organizações brasileiras.

Uma demanda tão alta de profissionais faz com que a remuneração também cresça muito. De acordo com a Glassdoor, plataforma de empregos, os salários de profissionais de cibersegurança podem chegar a 26 mil reais. A base salarial da área de TI saltou 55% de 2020 para 2021 em capitais como Rio de Janeiro e São Paulo, chegando a 9 mil reais. E a carreira tem futuro: pesquisa da consultoria PwC revela que mais de 80% dos líderes de empresas brasileiras pretendem aumentar os gastos com segurança cibernética em 2022.

Para fazer parte de um mercado de trabalho tão convidativo é necessário ter uma graduação ou uma especialização na área de tecnologia. Profissionais já formados podem cursar pós-graduação, como um MBA, por exemplo. “Este cenário de vagas em aberto na área de TI tende a ficar ainda mais deficitário. Por isso, muitas pessoas estão reorientando suas carreiras para o setor de tecnologia, e a pós-graduação é uma das formas de alcançar este objetivo”, afirma Guilherme Pereira, diretor acadêmico dos cursos de MBA da FIAP.

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