A busca por novos clientes é, obviamente, uma constante em qualquer negócio que esteja interessado em continuar saudável. Com a enorme quantidade de concorrentes diretos e indiretos disputando a atenção do público, manter os clientes já fidelizados se tornou um desafio, ao passo que para conseguir novos é preciso aplicar estratégias que se adaptem às condições atuais de mercado. E, independente do setor de atuação, o marketing de afiliados pode ser uma ferramenta poderosa para alcançar esse objetivo.
Apesar de não ser uma solução exatamente nova, o mercado tem crescido exponencialmente nos últimos anos e apresenta números relevantes. De acordo com o Statista, os gastos com marketing de afiliados nos EUA devem chegar a US$ 8,2 bilhões (cerca de R$ 41,7 bi) em 2022, ante US$ 5,4 bilhões (R$ 27,5 bi) registrados em 2017. Números divulgados no Awin Report 2021, realizado pela plataforma Awin, indicam que dos US$ 3,8 bilhões (por volta de R$ 19,3 bi) investidos em anúncios em plataformas digitais em 2020 no Brasil, US$ 152 milhões (algo em torno de R$ 774,5 bi) foram aplicados diretamente no mercado de afiliados.
O marketing de afiliados é basicamente um sistema onde uma pessoa promove um produto ou serviço através de suas redes digitais e recebe uma comissão definida por diferentes tipos de métricas – como cliques em anúncios ou número de vendas geradas. “Mercado de afiliados não é novidade”, diz Paulo Guilherme Leal, especialista em Marketing Estratégico e Empreendedorismo. “Podemos dizer que é uma derivação ou automação digital das antigas representações comerciais”.
O poder dessa estratégia reside no nível de exposição que os produtos ou serviços podem receber. Ao utilizar o alcance proporcionado por um afiliado, a empresa pode chegar a uma audiência que, de outra forma, seria muito difícil de ser atingida. Os afiliados, por sua vez, atuam como profissionais de marketing e as divulgações que realizam podem ser bem monitoradas pelos anunciantes, gerando dados que indicam o que funciona para um artigo em particular, por exemplo.
Diversas empresas de e-commerce já disponibilizam sistemas de gestão de afiliados integrados às suas plataformas, porém muitas outras ainda não se deram conta do potencial que reside no uso dessa ferramenta. “Eu brinco que existe o tráfego pago no Google e mídias sociais, e que o mercado de afiliados é o tráfego pós-pago”, conta Leal. “Pois a divulgação é feita, e a gente só paga se houver a conversão”.
Quando bem planejado, o método pode expandir a rentabilidade e, ao mesmo tempo, criar um ciclo positivo na relação entre todos os agentes envolvidos no processo. Ainda na visão do especialista em marketing, o grande pilar para um programa de afiliados é ser uma boa plataforma para as 3 pontas associadas: os clientes, a empresa e os afiliados.
“O cliente que compra através do afiliado deve ter desconto, o afiliado precisa receber uma comissão que seja interessante e a empresa entender que terá menos margem nessa venda, porém está ganhando credibilidade”, explica Leal.