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Jogos podem servir como ferramentas de ensino no ambiente escolar

O debate sobre o papel e as vantagens que a utilização de jogos podem trazer para o aperfeiçoamento do ensino não é recente, mas vem adquirindo novos contornos. Com os avanços tecnológicos, os jogos evoluíram dos analógicos tradicionais para os eletrônicos modernos, e passaram a marcar cada vez mais presença nos celulares, tablets e computadores da maioria das pessoas. 

A pandemia e tendências de mercado, como a expansão do ensino EAD e cursos online, têm contribuído para demonstrar a importância de ferramentas digitais como aplicativos e jogos. De acordo com André A. C. Maffra, especialista em tecnologia de inovações e desenvolvedor de apps educacionais, os jogos educativos são muito eficientes em auxiliar na aprendizagem e trazem a educação a um ambiente mais confortável e descontraído. 

“Atividades multimídias e interativas ajudam a manter o foco de crianças, e mesmo de adultos, por mais tempo”, diz o desenvolvedor. 

Professores sempre buscaram por diferentes formas de engajar os estudantes e aprofundar os assuntos pertinentes ao aprendizado em sala de aula. Assim como filmes, documentários, jornais e mapas, os jogos eletrônicos também podem funcionar como uma ferramenta de caráter educativo.

Em comparação com os analógicos, a opção pelos jogos digitais proporciona algumas vantagens, sem comprometer nenhum dos benefícios do primeiro. Eles possibilitam que o estudante saia de um papel passivo no processo ao proporcionar formas de interação mais ativas e constantes com o conteúdo a ser aprendido. 

A dependência de outros fatores, como a necessidade de um parceiro de jogo, também é minimizada, já que no ambiente digital o usuário precisa apenas ter acesso a uma plataforma para jogar.

Apesar desse viés mais individual, esses jogos não eliminam a interação com outros indivíduos. Na verdade, eles podem contribuir para potencializar esse aspecto. “A utilização da internet quebra barreiras culturais e sociais, e traz possibilidades de interação entre diversas pessoas de diferentes lugares do mundo”, pontua Maffra.

Quando não são encarados apenas como uma forma superficial de estimular uma tarefa, os jogos digitais podem promover aprendizado real e colaborar com a fixação dos conteúdos pelos alunos. Para fomentar esse aprendizado é importante que eles estejam alinhados com as necessidades acadêmicas de cada faixa-etária.

É preciso pensar nas competências que serão trabalhadas com cada aluno. Na educação infantil, para alunos em fase de alfabetização “jogos como Alfabetizando, da Thunder 3D Games, são muito efetivos para aperfeiçoar a pronúncia e o vocabulário dos alunos”, esclarece Maffra. Já para o caso de alunos mais velhos, em fase de desenvolvimento da memória, coordenação motora, criatividade e de um vocabulário mais complexo, “jogos como ‘Minecraft’ da Mojan Studios e ‘Trivia Crack’ da Etermax são altamente eficientes”.

Isso não significa que os jogos mais antigos devam ser abandonados ou que não tenham mais serventia. Clássicos analógicos como xadrez, damas, jogo da memória e dominó continuam sendo muitos efetivos para o desenvolvimento de diversos aspectos intelectuais dos alunos.

“Contudo esses jogos analógicos foram adaptados e quase todos também podem ser jogados por meio de aplicativos disponíveis em diversas plataformas”, finaliza André Maffra.

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