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Segundo dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), pelo portal Informativo dos Portos, no primeiro bimestre deste ano, as exportações do agronegócio alcançaram a marca de US$ 19.317.646.414, ou seja, um crescimento de 60% ante o ocorrido no mesmo período de 202, momento em que foram registrados R$ 12,1 bilhões. Na lista dos destinos principais, estão China (27,8%), União Europeia (17,19%) e Estados Unidos (8,39%). Já dentre os estados do país, estão o Mato Grosso (19,92%), São Paulo (14,9%) e Rio Grande do Sul (11,8%).

A grande responsável pelo fenômeno positivo foi a soja, representando 31,56% do total exportado (US$ 6 bilhões em negócios). A estimativa da safra de soja no país, em 2021 e 2022, foi 25,5 milhões de toneladas, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O valor mostra uma diminuição de 9,2% em comparação a 2020 e 2021, momento em que a safra total girou em torno de 138,15 milhões de toneladas.

As exportações do agronegócio encerraram o ano contabilizando US$ 120,59 bilhões, ou seja, um aumento de 19,7% perante o ano anterior, segundo o Mapa. O alto preço das commodities influenciou o valor recorde, porém, também ocorreu um crescimento no volume exportado, com protagonismo para a soja em grãos (2,71 milhões de toneladas; +889,5%); farelo de soja (1,72 milhão de toneladas; +82%); celulose (1,64 milhão de toneladas; +28,8%) e carnes (667 mil toneladas; +3,3%).

Frete marítimo sobe 472% na pandemia

Ainda em relação a números e movimentação de cargas, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelo portal Exame, o preço médio do frete marítimo da Ásia para o Brasil, começou, neste ano, custando 5,7 vezes mais, comparado ao momento anterior à pandemia da Covid-19. Conforme estima a CNI, a continuidade dos gargalos na logística mundial pode indicar um “novo normal” de valores superiores. A consequência principal do novo cenário é que os insumos importados pela indústria fiquem mais caros, pressionando a inflação.

A alta dos valores no frete marítimo aconteceu durante o segundo semestre de 2020. No começo da pandemia da Covid-19, ocorreu uma paralisação do comércio internacional, fazendo com que o valor do frete reduzisse. No retorno, a demanda por bens foi mais veloz do que o esperado, causando uma procura por serviços de transporte e um desequilíbrio portuário e, assim, uma alta nos preços. “A elevação do custo foi catalisada pela pandemia, mas há indicativos de que esses valores, bem superiores à média da última década, seriam um novo normal”, afirma um especialista em infraestrutura da CNI.