Propaganda

A quantidade de água no planeta é estável. Não muda. O que muda na realidade é a disponibilidade da água. Isso varia, e muito, de local para local, de época do ano, e do cuidado da população ou descaso da mesma.

Cerca de 97,5% de toda água na Terra é salgada. Apenas 2,5% é doce, sendo que desta parcela, 1,72% está congelada nos polos Sul e Norte e geleiras no alto de montanhas, outros 0,75% são águas subterrâneas. “Faz parte da constituição das plantas e animais, 0,02%, restando apenas 0,01% de toda água do planeta disponível em rios, lagos e represas”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News (www.revistaecotour.news).

O oitavo ecossistema mais rico do planeta ocupa um território de 590 quilômetros de extensão, resguarda 5% da flora mundial e é responsável por abastecer com recursos hídricos cerca de 14 milhões de pessoas diariamente. Localizado entre os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, a Serra da Mantiqueira, parte do bioma da Mata Atlântica, é um dos mais importantes do mundo.

O Brasil enfrenta um período de estiagem intensa. A falta de água se tornou rotina na vida do cidadão em diversas regiões do país. Vários municípios já têm seus próprios esquemas de racionamento. Alguns estão em estado de emergência. Entretanto, cortar o fornecimento não basta, além de não ser uma das saídas mais produtivas na relação entre município e população. Trata-se de uma atitude extremista que geralmente traz grandes transtornos.

As soluções baseadas na natureza são extremamente efetivas para lidar com problemas urgentes, além de serem o caminho do desenvolvimento econômico compatíveis com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – ODS, estabelecidos pela ONU.

“É possível que, no futuro, haja guerras por causa da escassez de água, por isso é mais barato e mais inteligente que os países pensem sobre um planejamento hídrico. Torna-se fundamental equilibrar a gestão da demanda com a da oferta de água, combinando obras de engenharia verde para o fornecimento de água, para a despoluição das bacias hidrográficas e para a redução das perdas físicas no sistema de água”, pontua Vininha F. Carvalho.

Segundo o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento de Recursos Hídricos 2015 – Água para um Mundo Sustentável, documento elaborado pela Unesco, o consumo da água cresceu duas vezes mais do que a população nas últimas décadas. Seguindo o mesmo padrão de uso desse recurso, estima-se que até 2030 o mundo deve alcançar um déficit de 40% no abastecimento de água.

No Brasil cada pessoa gasta, em média, 185 litros de água por dia, enquanto a Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda o máximo de 110 litros. “O desperdício é um dos fatores que agravam a escassez desse recurso. A educação para o consumo consciente é uma medida essencial e urgente a ser adotada”, finaliza Vininha F. Carvalho.