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Empreendimentos multiuso são aqueles que mesclam torres residenciais, comerciais, escolas, centros médicos e hotel com serviços, alimentação e entretenimento. Cada vez mais comuns no Brasil, eles ganharam força nos últimos anos.

Segundo a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), 28% dos shoppings em operação no país integram um complexo multiuso.

Na maioria das vezes, para chegar a um desses complexos multiuso, basta apenas pegar um elevador e descer do apartamento até o cinema, praça de alimentação ou academia, por exemplo.

Um exemplo mais recente deste tipo de empreendimento é o The Spot One, prédio que será conectado ao Balneário Shopping na Cidade de Camboriú, Santa Catarina, com entrada exclusiva para o mall. O Shopping Cidade Jardim, em São Paulo, é outro caso semelhante e está conectado a edifícios residenciais.

“Entre os motivos para o crescimento desta tendência estão fenômenos como o home office, a busca por conveniência, a valorização da proximidade e a necessidade crescente dos shoppings de gerar fluxo recorrente”, explica Marcos Saad, sócio da MEC Malls, que também faz a concepção e gestão desses empreendimentos.

“Em 2016, apenas 16% dessas áreas em shoppings contavam com condomínios residenciais – a maioria era ancorada por prédios comerciais”, explica Saad, que também preside a Associação Brasileira de Strip Malls (ABMalls).

“Porém, no final do ano passado, residências já faziam parte de 25% dos complexos de uso misto”, complementa o executivo, cuja empresa também concebeu e administra o empreendimento multiuso Villa Multimall, na cidade paulista de Santa Bárbara d’Oeste.

Essa parceria entre condomínios e shopping centers tem sido apoiada por várias empresas da área. Exemplos são Multiplan, Iguatemi, Helbor e BrMalls, entre tantas outras.

Os strip malls também têm investido neste modelo de negócio, com alguns projetos já inaugurados e outros em desenvolvimento. “Além da conveniência para os frequentadores, este modelo permite equacionar os elevados custos dos terrenos, com o maior aproveitamento do potencial construtivo através das torres dentro do mesmo projeto”, completa Saad.