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Muita gente investe pensando em fazer uma viagem no futuro – e esse é um ótimo motivo para guardar dinheiro. Mas o turismo pode oferecer também boas oportunidades de investimento. Com a retomada da mobilidade pós-vacinação contra a covid-19, esse é um setor que tende a se recuperar do tombo dos últimos anos. O turismo vê suas atividades em crescimento há nove meses, período em que acumulou ganhos de 69,6%, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços de janeiro, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Há também outro fator importante que indica uma alta do mercado doméstico de turismo, lembra Juliana Mello, sócia e diretora da Fortesec. Apesar da recente valorização do real frente ao dólar, a moeda norte-americana ainda está cara para os brasileiros. A saída, muitas vezes, pode ser passar as férias no Brasil – e explorar os inúmeros e maravilhosos destinos que o país tem a oferecer.

A disseminação do anywhere office é outro fator que tem beneficiado o setor. “Com a flexibilidade de trabalhar de qualquer lugar, muitas pessoas têm feito pequenas viagens pelo Brasil. E os hotéis já se movimentaram para atender a essa demanda, criando espaços dedicados ao trabalho dentro dos quartos e oferecendo atividades para as crianças enquanto os pais trabalham”, afirma Juliana.

Com o cenário macro de pandemia e dólar alto, as redes hoteleiras do Brasil têm registrado resultados historicamente positivos e a tendência é de aquecimento do turismo doméstico.

Mesmo com a alta recente, o setor ainda é pouco explorado no país. O Brasil recebe por ano menos visitantes que as cidades de Paris e Nova Iorque, além de atrair menos turistas que países como Japão, Vietnã, Singapura, Taiwan e Irã.

“Há muito espaço para o setor crescer. Não temos invernos rigorosos, não temos vulcões, furacões, terremotos e temos paisagens naturais belíssimas, além de uma vida cultural rica e que pode atrair os estrangeiros”, diz Juliana Mello.

O setor de turismo tem potencial para se tornar uma fatia relevante do PIB brasileiro. Segundo o evento Rio Vamos Vencer e dados do Country Reports – WTTC (2020), a contribuição do turismo para o PIB no Brasil foi de 7,7%, enquanto a média mundial é de 10,4%. No México, por exemplo, o turismo representa 15% do PIB. “O turismo movimenta hotéis, bares e restaurantes, varejo, setor de transportes. E há um crescente avanço no olhar para o setor, com a administração pública cada vez mais preocupada em atrair dinheiro de fora – não apenas para a bolsa de valores, mas também via turismo”, diz Juliana.

Esse potencial de crescimento se reflete também em oportunidade de investimentos. Empresas e empreendedores precisam de dinheiro para construir e ampliar hotéis, atrações, malha aérea – e podem se voltar ao mercado de capitais para encontrar esse financiamento.

“Quem escolher entrar nestas oportunidades agora terá a chance de embolsar bons rendimentos no longo prazo”, afirma a sócia da Fortesec. Segundo a especialista, para pessoas físicas, há a possibilidade de acessar esse mercado via Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) de empresas hoteleiras e resorts. Há opções disponíveis nas principais corretoras. Outra alternativa é via fundos que tenham em suas carteiras investimentos em hotéis tradicionais, multipropriedades ou até mesmo atrações turísticas.

Muitas empresas já vêm trabalhando para garantir um maior número de programações em diversas cidades e para melhorar a infraestrutura hoteleira. “Esse movimento ainda está bem no início, e por isso, ao investir neste setor, o investidor pode ter ganhos consideráveis, além de ajudar a escrever uma importante história que ainda está no primeiro capítulo”, diz Juliana. “O importante é saber analisar bem as oportunidades ou ter um especialista para ajudá-lo com isto e nunca esquecer da regra de diversificação dos investimentos”, completa.