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Acordar e olhar a previsão do tempo. Essa é a rotina de grande parte das pessoas, afinal de contas, ninguém quer ser pego de surpresa por uma frente fria ou por uma chuva repentina ao sair de casa. As previsões meteorológicas são importantes aliadas para planejar o dia, seja com boletins diários ou por meio de alertas sobre a chegada de condições climáticas severas.

O que poucos sabem é que o nível de precisão e até onde as previsões meteorológicas podem chegar está muito além do que qualquer um poderia imaginar há 30 anos. A significativa melhoria em relação aos computadores, satélites e radares foi impulsionada pelo avanço tecnológico dos últimos anos.

Quando se trata de tecnologia de radar, por exemplo, atualizações sobre as polarizações duplas permitem que os meteorologistas estimem melhor a precipitação e qual o tipo de chuva está por vir, além de identificar pássaros ou detritos de tornados.

Uma das áreas que mais demandava melhorias é a tecnologia utilizada no supercomputador que faz as previsões climáticas. Para demonstrar quão longe o poder de processamento para esses sistemas chegou, um novo smartphone, por exemplo, tem muito mais poder de processamento do que os supercomputadores usados ​​na previsão do tempo no final dos anos 80 e início dos anos 90. Atualmente, porém, os supercomputadores são 10.000 vezes mais rápidos do que um computador comum.

A tecnologia de satélite também melhorou muito nas últimas décadas. Os satélites usados ​​para fazer a previsão do tempo atualmente são capazes de relatar uma quantidade de dados muito maior, além de fornecer imagens com mais rapidez. A tecnologia dos satélites, antes, só permitia o envio de dados e imagens a cada 30 minutos. Atualmente, no caso de mau tempo, por exemplo, os satélites podem ampliar e focar no evento de mau tempo e enviar imagens a cada 10 segundos.

As três etapas da meteorologia: observação, análise e comunicação

De acordo com o portal The Conversation, existem três etapas importantes da meteorologia. Para observação, os meteorologistas trabalham com modelos atmosféricos que, de acordo com o artigo, são conjuntos de equações que descrevem o estado da atmosfera. Os modelos usam informações sobre o estado inicial (observações) da atmosfera, terra e oceano para prever o clima. Os dados dos modelos são combinados com informações extraídas de estações meteorológicas que são instaladas em pontos-chave de uma região ou país para fornecer o estado real da atmosfera. Essa assimilação de dados produz uma previsão melhor, pois otimiza a compreensão dos meteorologistas sobre o sistema climático em evolução.

O artigo destaca ainda que é mais fácil ser preciso ao fornecer uma previsão de curto prazo – que abrange horas ou dias – do que ao interpretar dados de longo prazo (meses ou estações). O sistema atmosférico é dinâmico; quanto mais o tempo passa, menos certos os previsores podem estar de seu estado.

Os avanços tecnológicos melhoraram muito a qualidade geral da previsão do tempo. Por exemplo, mais observações são possíveis devido às estações meteorológicas automatizadas. Também houve um aumento no uso de computação de alto desempenho. Isso permite fazer com mais rapidez o armazenamento de dados, o processamento e a análise dos dados recebidos.

Esses conjuntos de informações são fundamentais para diagnosticar o tempo passado e atual para criar uma previsão. Em 30 anos houve muita evolução nesse quesito, mas o rápido avanço tecnológico em todo o mundo deve fazer com que, nos próximos anos, a previsão do tempo se torne ainda mais rápida e assertiva.