A bioMérieux está apoiando a Sociedade Brasileira de Infectologia na elaboração e submissão de um relatório técnico à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC), com o objetivo de viabilizar a incorporação de um teste PCR multiplex rápido para hemocultura na rede pública de saúde para pacientes internados em UTI com suspeita de sepse.
Recentemente, representantes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e de outras entidades parceiras — Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Associação Brasileira dos Profissionais em Controle de Infecção Hospitalar (ABIH), Sociedade Brasileira de Microbiologia (SBM), Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), além de especialistas do Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) do Instituto de Resistência Antimicrobiana de São Paulo (ARIES), da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Comitê Brasileiro de Testes de Sensibilidade (BrCAST) — realizaram uma reunião preparatória para consolidar as evidências científicas e clínicas que comporão o dossiê a ser enviado à Comissão.
Para o Dr. Alberto Chebabo, presidente da SBI, o suporte técnico e científico de outras sociedades fortalece a qualidade da submissão e amplia a credibilidade do processo. Segundo ele, "quando você tem uma submissão desse porte para a CONITEC, é fundamental contar com o apoio das demais especialidades e das sociedades envolvidas naquele tema. Cada especialista traz inputs e insights essenciais para que o dossiê seja robusto, detalhado e convincente".
O médico destaca que essa construção colaborativa eleva a consistência das evidências que serão avaliadas pela Comissão. "Receber insights de temas importantes para serem incluídos fortalece o documento e faz com que a aprovação possa acontecer de forma mais fácil. A discussão conjunta do dossiê dá mais detalhes e mais informações essenciais para a tomada de decisão na CONITEC".
A tecnologia em análise é o painel molecular para hemoculturas positivas, capaz de identificar em cerca de uma hora o agente etiológico e mecanismos de resistência antimicrobiana. Para Chebabo, essa agilidade representa um divisor de águas no tratamento da sepse.
"O diagnóstico rápido da causa etiológica e das resistências é fundamental para que a gente possa ter um tratamento eficaz, adequado e rápido para reduzir mortalidade. Quanto mais rápido iniciamos um antibiótico adequado, maior o impacto positivo nos desfechos. Cada hora reduzida no uso de um antibiótico inadequado pode salvar vidas", explica o especialista.
O presidente da SBI reforça ainda que a tecnologia traz benefícios clínicos e estruturais ao sistema de saúde. "O painel ajuda bastante na definição do tratamento, na adequação do antimicrobiano e na condução dos casos graves. A introdução dessa ferramenta na prática clínica tem potencial para reduzir mortalidade, melhorar o gerenciamento do uso de antibióticos e diminuir a resistência microbiana nos hospitais".
Ao apoiar o processo de submissão, a bioMérieux contribui para consolidar um documento embasado, alinhado às principais sociedades científicas e capaz de demonstrar a relevância do acesso a essa tecnologia no SUS. Para Chebabo, essa etapa é crucial para ampliar a equidade no diagnóstico no país. "Hoje, muitos hospitais privados já utilizam essas tecnologias. A aprovação pela CONITEC e a incorporação na área pública permitirão que a maior parte da população brasileira também tenha acesso a um diagnóstico rápido e de qualidade", concluiu.
A expectativa das instituições envolvidas é apresentar à CONITEC um relatório "bastante robusto", capaz de justificar a aprovação da tecnologia e abrir caminho para avanços significativos no cuidado de pacientes com suspeita de sepse.











