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Nem obesidade nem saúde dental. Tampouco a má aparência. No ranking dos maiores medos estéticos dos homens, a queda de cabelo ocupa o primeiro lugar da lista. A alta procura pelos transplantes capilares até poderia atestar essa constatação, mas um estudo divulgado no ano passado pela International Society of Hair Restoration (ISHRS) dá números à realidade.

De acordo com a organização, quase 75% dos homens entrevistados admitiram que a perda do volume capilar afetou sua autoestima, e que o problema provoca um impacto emocional maior do que outras características físicas, como a obesidade e a má aparência.

“Honestamente, não são dados que chegam a impressionar. É comum depararmos com publicações científicas que associam a queda de cabelo também à baixa autoestima entre o público masculino. Isso explica, em grande parte, por que eles recorrem ao transplante capilar”, avalia a médica e especialista em cirurgia de transplante capilar Melina Oliveira, cuja clínica está localizada em Vila Velha (ES).

Outro estudo, realizado pela Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar (ABCRC), aponta que, somente em 2022, foram feitos mais de seis mil transplantes em todo o país . Um indicativo do comportamento do mercado brasileiro neste setor. “O Brasil é, hoje, uma referência mundial nos transplantes capilares. Sobretudo com a adoção da FUE, que é a técnica mais avançada que existe hoje. O fato de eu utilizar esse método tem sido determinante para o aumento da procura pela clínica. É um crescimento visível”, revela a médica.

A FUE a que Melina Oliveira se refere é a sigla de Follicular Unit Extraction (extração de unidade folicular). O procedimento consiste em retirar folículos de regiões doadoras, onde ainda há cabelo, e transplantar para outros locais atacados pela perda de cabelo. Os resultados, explica, são altamente positivos entre os pacientes.

“Isso estimula pacientes com problemas de autoestima a buscarem um tipo de tratamento que seja eficiente. Não basta só realizar o transplante. Ele precisa trazer um aspecto natural. É isso que satisfaz esteticamente cada indivíduo que recorre à clínica. São raras as contraindicações, mas ele precisa, antes, conversar com o especialista para entender qual o melhor procedimento”, afirma Melina Oliveira.