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Enquanto o setor de serviços fechou junho com 1025 postos de trabalho fechados, o grupo de alimentação, formado por bares e restaurantes, da Região Metropolitana de Campinas (RMC) gerou 170 novas vagas com carteira assinada em junho e fechou o primeiro semestre com 452 novos empregos criados. Os dados são do Cadastro Geral de Empregos e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, divulgados nesta terça-feira, e apurados pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas. Foi o quinto mês seguido com mais admissões que contratações no segmento.

De acordo com o Caged, no mês de junho o grupo de alimentação registrou um total de 2.885 admissões e 2.715 demissões, com saldo de 170 novos postos de trabalho. Os dados indicaram um ligeiro recuo no número de novas admissões em relação a maio (2.933), mas com queda nas demissões (2.889 em maio).

Dos 20 municípios que integram a RMC, 12 tiveram saldo positivo. Americana liderou o grupo, com saldo de 83, seguida por Campinas (51), Sumaré e Vinhedo (20) e Holambra (19). Dentre as sete cidades com saldo negativo, Santa Barbara D’Oeste lidera (124), seguida de Indaiatuba (19), Jaguariúna (11), Monte Mor (8) e Itatiba (2). Cosmópolis foi o único município da RMC com saldo zerado.

No acumulado dos seis meses, com exceção de janeiro, quando o saldo entre admissões e demissões ficou negativo em Total 425 postos, todos os demais meses o setor apresentou desempenho positivo. “Isso mostra a importância dos bares e restaurantes tanto para a economia das cidades, como na geração de empregos, mesmo com as dificuldades para manter os pagamentos e contas em dia”, diz André Mandetta, presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Regional Campinas.

Ele lembra, como uma das dificuldades, que em junho o setor registrou queda de 0,7% no volume de vendas, segundo dados do Índice de Atividade Econômica Abrasel-Stone. “A maioria dos bares e restaurantes também ainda não se recuperou totalmente dos prejuízos oriundos da pandemia e muitos ainda estão inseridos no Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), que prevê redução de carga tributária e, consequentemente, uma melhoria no fluxo dos caixas”, lembra.

O Banana Café Campinas é um dos exemplos de empresas do setor que vem contratando ao longo do ano. André Biazzo, sócio, conta que a casa teve de ampliar seu quadro de funcionários ao longo do semestre para atender o aumento da demanda. “Entre janeiro e junho, criamos seis vagas e a tendência é aumentar no segundo semestre”, conta.

Outro estabelecimento que efetivou contratações no segundo semestre foi o Dom Brejas. Além de 14 funcionários já contratados, a casa ainda conta com dez vagas em aberto, para várias posições. Apesar da dificuldade em encontrar mão de obra e da alta rotatividade, Dino Ramos, sócio da casa, diz que foi criado um projeto de treinamento de retenção de funcionários, com o objetivo que essa rotatividade diminua nos próximos anos”, afirma Ramos.

O Empório do Nono e a Espósito Pizzaria efetivaram diversos funcionários neste ano. Porém, eles ainda têm vagas em aberto para garçom, cozinheiro e estoquista.