Estudo realizado por pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, publicado na revista JAMA Ophthalmology, a partir do portal Terra, mostra relação entre depressão e doença do olho seco. Para a análise, os pesquisadores, durante um ano, examinaram a rotina de 535 pessoas com sintomas moderados a graves da doença dos olhos de 27 centros de oftalmologia e optometria. Os participantes passaram por diversas avaliações, e, a partir disso, foi entendido que pacientes com depressão tiveram piores sintomas da doença ocular.
População com cegueira e deficiência visual vai dobrar até 2050
Ainda sobre saúde ocular, segundo estudo do Grupo de Especialistas em Perda da Visão (VLEG), a partir do portal G1, a população global com cegueira ou outro tipo de deficiência visual pode dobrar até 2050, apresentando também que, em 30 anos, a quantidade de cegos ou pessoas com algum tipo de problema moderado ou severo na visão pode alcançar 535 milhões.
O fenômeno é agravado por alguns pontos, como o crescimento e envelhecimento populacional, hábitos alimentares ruins, alta exposição a telas de smartphones e falta de acesso a atendimentos oftalmológicos, segundo o coautor da pesquisa e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP). “A tendência, pelo envelhecimento populacional e aumento da população, é que isso piore bastante. Se a gente mantiver o ritmo de atendimento nosso esse problema vai ser bem maior” diz o pesquisador.
Os especialistas analisaram as tendências de cegueira e deterioração na visão nos próximos anos, estimando que 61 milhões de pessoas serão cegas; 360 milhões irão ter deficiência visual leve; 474 milhões, deficiência visual moderada a severa; e 866 milhões, presbiopia não corrigida, isto é, condição ligada ao envelhecimento em que o olho perde a capacidade, aos poucos, de focar objetos próximos.
Segundo o coautor da pesquisa, a não utilização de óculos, que podem ser encontrados atualmente em óticas on-line, é o motivo central ligado à expectativa de crescimento dos números. Ainda segundo ele, a catarata também faz com que as projeções cresçam, em razão do atendimento à saúde abaixo do necessário.
“A falta do acesso, seja ela uma barreira geográfica, econômica ou uma carência do setor público e privado, ou até o nível três, que seriam as filantropias, seria a causa principal. Então não é que a pessoa que enxerga mal não quer procurar tratamento, ela não consegue por algum motivo. No nosso cenário, a maioria das vezes essa é uma barreira financeira”, declara. Ele ainda acrescenta que “muitos dos problemas que acontecem nos olhos refletem problemas gerais de saúde. O grande exemplo é a diabetes: se a pessoa se mantiver saudável, com peso adequado, com exercício físico regular, dieta balanceada, isso diminui muito os problemas”, finaliza.