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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pelo portal Exame, a produção industrial do país avançou 0,7% de janeiro a fevereiro de 2022. A informação foi publicada no dia 1º de abril. Além disso, a indústria acumulou altas de 0,4% no trimestre e de 2,8% em 12 meses. Em comparação com fevereiro de 2021, em contrapartida, houve uma retração de 4,3%. Já no acumulado do ano, a retração foi de 5,8%. O aumento do mês de janeiro para fevereiro ocorreu em 16 dos 26 setores analisados pelo instituto, em indústrias extrativas (5,3%) e produtos alimentícios (2,4%) os protagonistas.

“O setor extrativo teve queda importante em janeiro, por causa do maior volume de chuvas em Minas Gerais naquele mês, o que prejudicou a extração do minério de ferro. Com a normalização das chuvas, houve regularização da produção. Já o setor de alimentos teve seu quarto mês positivo de crescimento, acumulando no período ganho de 14%. Em fevereiro, os destaques foram a produção de açúcar e de carnes e aves, dois grupamentos importantes dentro do setor de alimentos”, explica pesquisador do IBGE.

Produtos farmoquímicos e farmacêuticos também obtiveram crescimento significativo, contabilizando em 12,7%. Na sequência, aparecem veículos automotores, reboques e carrocerias, a metalurgia e as bebidas, com 3,2%, 3,3% e 4,1%, respectivamente. Em contrapartida, foi verificada queda em dez segmentos de janeiro para fevereiro, como coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,8%) e celulose, papel e produtos de papel (-2,4%).

Indústria brasileira volta a crescer em março

Ainda sobre indústrias, como a de injetora de plástico, por exemplo, segundo a pesquisa Índice de Gerentes de Compras (PMI, em inglês) da S&P Global, o segmento do país registrou crescimento, novamente, agora no mês de março. Esse aumento ocorreu pela primeira vez após cinco meses, com a recuperação das encomendas e produção. Em contrapartida, a confiança do empresariado enfraqueceu para uma mínima, com a guerra na Ucrânia.

A PMI da indústria do Brasil cresceu a 52,3 (em fevereiro, 49,6), retornando a permanecer acima da marca de 50, que separa o avanço de contração pela primeira vez, desde o mês de outubro, e na máxima, em seis meses. Ainda foi apontado que o número final não bastou para compensar contrações.

Confiança dos empresários avança 0,7 ponto em março

A confiança dos empresários, especificamente, cresceu 0,7 ponto de fevereiro para março de 2022, chegando a 91,8 pontos, em uma escala de 0 a 200 pontos, segundo o Índice de Confiança Empresarial (ICE), calculado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Foi a primeira alta do índice, desde novembro de 2021. O ICE aponta índices de confiança do empresariado do país nos quatro setores econômicos investigados pela FGV, dentre eles, construção, serviço, comércio e indústria. O crescimento foi influenciado pelo Índice de Situação Atual Empresarial, que analisa a confiança atualmente e que avançou 4 pontos, chegando a 92,1 pontos.