Segundo informações disponibilizadas na nota do Setor Externo, divulgada pelo Banco Central (BC), no dia 26 de janeiro deste ano e apresentada por meio do Correio Braziliense, no ano passado, os gastos com viagens internacionais apresentaram menor patamar em 16 anos. Entre 2008 e 2019, os brasileiros destinavam cerca de US$ 10 bilhões, ano a ano, com viagens para o exterior. No ano passado, os gastos desse gênero retrocederam para US$ 5,249 bilhões, o valor mais baixo desde 2005. Em 2020, foi registrado US$ 5,393 bilhões, número também inferior à média do período antes da pandemia da Covid-19.
Desde o começo da quarentena, o turismo tem sido afetado por diversos reflexos em razão do fechamento de fronteiras, diminuição do número de voos, aumento do dólar e tensões na economia, gerados por conta das dúvidas sobre o encaminhamento da pandemia. Apesar disso, a vacinação realizada em muitos países fez com que o segmento começasse a se recuperar, momento, inclusive, propício para se pensar em um serviço de tradução juramentada.
A conta de serviços de viagens permaneceu quase estável. Em 2021, o déficit foi de US$ 2,302 bilhões. Em 2020, as despesas no exterior foram maiores do que as receitas com estrangeiros (U$ 2,349 bilhões). Mesmo com o retrocesso no ano, no mês de dezembro, houve um gasto dos brasileiros em US$ 784 milhões com viagens para fora do país, número 112% maior do que o registrado no mesmo mês de 2021. O turismo de estrangeiros também apresentou retrocesso: US$ 2,947 bilhões. Gastos dos moradores do exterior com viagens para o país giraram em 3,1% menor do que o apresentado em 2020.
Nordeste avança com 85,5% dos embarques domésticos
Ainda em relação ao turismo, segundo informações do Anuário Braztoa 2022 (Associação Brasileira das Operadoras de Turismo), em parceria com a consultoria Sprint Dados, pelo portal Brasilturis, operadoras da Braztoa tiveram um faturamento de R$ 7,1 bilhões, uma recuperação de 77,3% ante 2020. O turismo do Brasil teve um faturamento de R$ 5,8 bilhões (82,5%), e as viagens para o exterior chegaram a R$ 5,8 bilhões (82,5%). Apesar disso, o valor total é 44% menor na comparação com 2019, momento em que foi registrado R$ 15,1 bilhões.
Dentre os líderes de faturamento no mercado do Brasil, estão: o Nordeste, com 67% do faturamento doméstico e 85,5% dos embarques; Sudeste, com 11,2% do faturamento e 4,7% de embarques; Sul, com 9% do faturamento e 6,8% de embarques e Norte e Centro-Oeste ficaram abaixo de 3% do total nacional. Dentre os destinos mais procurados, aparecem Salvador e Praia do Forte, Natal, Gramado e São Paulo. As atrações mais comercializadas foram resorts, praias e Natal Luz, em Gramado.