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Com imensa biodiversidade, as serras da Mata Atlântica no Brasil, como a Serra do Mar, da Canastra, da Mantiqueira, de Caparaó, Itatiaia, das Prateleiras, Negra, do Alambari e do Cipó possuem clima tropical ou subtropical úmido. A parte baixa das montanhas é coberta de floresta ombrófila (vegetação acostumada a chuvas e com pouca luz em razão da densa cobertura vegetal) e depois de um certo patamar de altitude (cerca dos 1.500 ou 2.000 metros), passa a predominar uma vegetação rasteira, tipo prado ou pampa.

Como a diferença entre as quatro estações não é tão marcante no Brasil, o que importa para definir a temporada de montanha é outra métrica: estação seca x chuvosa. A estação seca coincide com o inverno estendido, que começa em maio e vai até o fim de setembro, com pequenas variações na grande maioria das serras brasileiras. As razões para escolher o período seco como a temporada brasileira de montanha são fáceis de entender. No período seco é mais agradável fazer atividade ao ar livre. Além disso, o risco de deslizamentos, trombas d’água, chuvas torrenciais e raios diminui consideravelmente. Por isso, a hora de programar a próxima aventura na montanha é agora.

O que muita gente não sabe é que não precisa ir sozinho desbravar as montanhas que parecem tão perto, mas tão inacessíveis. Como chegar? Por onde começar? É seguro? Será que dá para aguentar o esforço físico? E se acabar perdido na trilha? São dúvidas como essa que frequentemente desanimam as pessoas. Só os montanhistas mais experientes sabiam desses segredos e não havia formas fáceis de disseminá-los para todo mundo, mas, hoje em dia, é possível acessar todas as informações necessárias para trilhar uma aventura.

O Portal Trilha Todo Dia, por exemplo, funciona como uma ferramenta de pesquisa e inspiração para o passeio ideal, permitindo prever e comparar custos e favorecendo o encontro entre as pessoas, as agências e os guias de atividades de ecoturismo. Basta acessar o site ou as redes sociais para encontrar opções encantadoras. É possível escolher tranquilamente entre centenas de sugestões simplesmente rolando a tela do computador ou celular. É possível também refinar as buscas ao delimitar os locais de partida, escolher entre passeios de montanha, cachoeiras, cavernas ou praias, ou mesmo escolher em função do custo proposto.

O redescobrimento das atividades ao ar livre, muito além de um simples escape do confinamento imposto pela pandemia, transformou valores e hábitos de milhões de pessoas que passaram a fazer um uso intensivo das paisagens naturais. Essa recente aproximação do ser humano com o meio ambiente favorece a sociedade, porém mesmo os melhores prazeres devem ser exercidos com moderação para permitir a sustentabilidade e acessibilidade das próximas gerações. A natureza, afinal, é de todos.

Por esse motivo, embora a abertura da temporada seja um momento animador, deve vir acompanhada de consciência ambiental. Para isso, ficam disponíveis 7 dicas para desfrutar este prazer sem qualquer culpa:

  1. Planejar e preparar-se com antecedência: pesquisar o local desejado, contratar agências e guias especialistas (trilhatododia.com.br).
  2. Descartar os resíduos do passeio adequadamente, ou seja, dentro da mochila. Voltar com ele para a área urbanizada e ali depositar na lixeira apropriada. Se puder, juntar também lixo que encontrar no passeio. Mas se não tiver condições de recolher tudo, documentar e marcar grupos, associações ou sites como #trilhatododia, que podem encaminhar a mensagem para conseguir voluntários para efetuar a limpeza no local citado.
  3. Caminhar dentro das trilhas. Fazer atalhos ou caminhar por fora pode aumentar a erosão de espaços naturais.
  4. Se for acampar, não desmatar. Procurar espaços já demarcados e superfícies planas e evitar fazer valetas em redor da barraca. Caprichar na montagem da barraca, além dos espeques, amarrar cordas para melhorar a estabilidade em caso de vento forte.
  5. Não fazer fogueiras. No tempo seco uma fagulha pode provocar um incêndio florestal. Se for permitido utilizar fogo, minimizar o impacto. Levar fogareiro a gás ou álcool sólido e cozinhar longe do capim seco e tecidos sintéticos.
  6. Respeitar e proteger-se de acidentes com animais selvagens: sempre utilizar perneiras contra cobras, ter atenção onde colocar as mãos, não deixar a barraca aberta, não deixar restos de comida ou até mesmo pacotes e potes de comida fora da mochila para não atrair animais indesejados.
  7. Respeitar as outras pessoas: ser educado, cumprimentar, trocar informações, ser prestativo, perguntar se precisam de algo. Se estiver de saída e tiver água ou comida sobrando, oferecer para os que pretendem permanecer no local por mais tempo. Além de se livrar do peso extra, também ajudará pessoas que possam vir a passar necessidade.