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Nos últimos dois anos, as clínicas de saúde e os hospitais precisaram redobrar os cuidados com a higienização hospitalar por conta de uma intensa crise sanitária. Porém, cerca de um ano antes da chegada da pandemia, as infecções hospitalares já atingiam 14% das internações realizadas por hospitais brasileiros, segundo um levantamento feito pelo Ministério da Saúde. Para garantir a segurança da população, os espaços de atendimento e acolhimento de pacientes devem seguir protocolos de prevenção e métodos de limpeza apropriados.

No Brasil, tanto a rede pública de saúde quanto as redes particulares são regulamentadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), responsável por avaliar o grau de risco de contaminação em ambientes hospitalares, o uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de acompanhar a prática e regularidade dos métodos de limpeza. Sendo que, o descumprimento das normas e dos padrões estabelecidos pela agência podem acarretar em punições. 

O CEO da fabricante de escovas para higienização Weinberger destaca a importância de prestar uma atenção especial para as áreas de circulação comum, que reúnem pontos de alto contato. “Corrimões, maçanetas, bancadas, interruptores e torneiras são alguns exemplos de áreas que estão sujeitas a acumular vírus e demais microrganismos por conta do constante contato com pessoas normalmente enfermas”, diz Jefferson Heinz.

Ele também ressalta que é preciso ter uma clara compreensão sobre o propósito dos métodos de limpeza e produtos recomendados pelos protocolos.  “Não se deve realizar uma varredura seca em ambientes como hospitais ou utilizar espanadores de pó, por exemplo, pois a poeira que sobe com essa ação pode potencializar crises respiratórias, além de espalhar vírus presentes em determinadas superfícies”, explica Heinz.

Para limpeza pesada de pisos de banheiros em hospitais, que podem acumular sujidades, lodo e crostas de azulejos, a Anvisa recomenda o uso de materiais para higienização com cabos mais longos e resistentes, que não devem ser reutilizados em outros espaços. Também se recomenda o uso combinado com produtos próprios para limpeza úmida. 

Para determinadas áreas em hospitais é exigida uma rotina de desinfecção ou esterilização, diante da necessidade, por meio de produtos químicos, para garantir a eliminação de microrganismos prejudiciais à saúde. Em casos de infecções hospitalares, os locais de permanência dos pacientes, como os leitos, precisam ser isolados e os protocolos de segurança precisam ser ativados com prontidão.

Segundo o CEO da Weinberger, os cuidados estabelecidos durante os pontos críticos da pandemia guiarão os setores da saúde pelos próximos anos no que diz respeito à higienização dos espaços. “Além do cumprimento das diretrizes fornecidas pelos órgãos competentes, hospitais e clínicas também precisam contar com um Procedimento Operacional Padrão , que deve incluir as orientações de produtos e forma limpeza dos espaços, para diminuir os riscos apresentados por locais com criticidade infecciosa”, orienta Jefferson Heinz.