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Tradicionalmente, setores e tarefas atrelados a equipamentos pesados, a maquinário e às funções muitas vezes braçais são dominados pela presença masculina. A Indústria ainda é um campo predominantemente masculino, onde a mão de obra feminina é menos valorizada. De acordo com relação  salarial realizada em 2017 pelo Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômico (DIEESE) no setor de siderurgia e metalurgia no Brasil, as mulheres recebem 16% a menos que os homens do setor. 

Aos poucos esse cenário tem mudado e as mulheres estão conquistando seu espaço, de acordo com o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), entre os anos de 2016 e 2018, o número de engenheiras registradas cresceu 42%. Entretanto, é importante ressaltar que as próprias empresas devem oferecer essa abertura de cenário, para Cristiane Rocha Galiazzi, gerente da área de coprodutos na Ternium, empresa de siderurgia, o apoio da empresa e dos gestores é imprescindível para o seu crescimento “Eu tive duas gestações e sempre tive o apoio dos meus gestores, e quando eu voltei, estava muito mais empenhada, e hoje coordeno uma área com mais de 50 pessoas” comenta.

No evento que ocorreu nesta terça-feira da siderúrgica Ternium e a HR Tech, Academia do Universitário, as palestrantes explicaram sobre os desafios enfrentados durante sua carreira. Pamela Ferreira dos Reis, gerente da área de meio ambiente na Siderúrgica comenta que “Os desafios acontecem em todos os contextos, o começo da carreira no aço para as mulheres é bastante desafiador, por isso devemos sempre nos capacitar e buscar estar a frente com autoconfiança naquilo que estamos desempenhando”.

De acordo com dados dos processos seletivos de estágio feitos pela Academia do Universitário, em 2021, mais de 50% das vagas destinadas à área de engenharia foram preenchidas por mulheres. Para Joyce Christine Ribeiro, assessora da presidência executiva na Ternium, frisa que o caminho ainda é longo mas o mercado tem oferecido oportunidades, “A gente tem muito a evoluir ainda, é um mercado majoritariamente masculino mas que está aberto e disposto a fomentar oportunidades para quem corre atrás.” 

O anfitrião do evento, especialista em estágios, Diego Cidade, CEO e Fundador da Academia do Universitário, comentou sobre o impacto de criar espaços principalmente para quem está começando agora na área “Trazer esse diálogo para a comunidade que está começando a carreira é bastante necessário, pois incentiva as futuras #SuperEstags a alcançarem grandes marcos na carreira. E o melhor de tudo é que estamos todos aprendendo com mulheres que já “chegaram lá”, nada melhor que a experiência prática.”, comenta Cidade.