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Método musical com cores transforma aprendizagem especial

Método musical com cores transforma aprendizagem especial
Método musical com cores transforma aprendizagem especial

Uma pesquisa realizada na APAE de Paracatu, no interior de Minas Gerais, demonstrou que a associação entre cores e notas musicais pode transformar o processo de aprendizagem de crianças com deficiência intelectual, múltipla e transtorno do espectro autista (TEA). O estudo foi conduzido entre 2011 e 2013 pelo educador musical Jesialdo Lima da Silva. Durante o estudo, foram observados avanços significativos em atenção, coordenação motora e socialização dos estudantes. O método desenvolvido associa cores específicas às notas musicais, criando uma linguagem visual acessível a alunos com dificuldades no modelo tradicional de alfabetização musical.

A pesquisa utilizou como base o método Bona, tradicional na educação musical, adaptado à realidade da educação inclusiva. Cada nota foi representada por uma cor, facilitando a assimilação dos conteúdos por parte dos alunos. Ao lado do estímulo visual, o processo incluiu exercícios práticos, escuta ativa, execução rítmica e interações em grupo, conduzidos em ambiente especializado. A experiência envolveu dez alunos entre seis e 14 anos e contou com acompanhamento pedagógico e institucional. O estudo foi publicado em janeiro de 2025 na Revista CIA – Publicações Acadêmicas em Ciências Interdisciplinares e reconhecido pela Central de Inteligência Acadêmica, que concedeu ao autor o título de Doutor Honoris Causa.

Durante o processo de aplicação, foram registrados indicadores de melhora no tempo de concentração dos estudantes, no envolvimento com as atividades propostas e na resposta emocional ao aprendizado. Além disso, o uso da música como recurso pedagógico foi associado ao desenvolvimento de habilidades de expressão e organização, bem como à construção de vínculos entre os alunos. O método demonstrou eficácia ao integrar estímulos sensoriais diversos, visuais, auditivos e motores, para facilitar o aprendizado.

A proposta também contribuiu para a investigação do papel da música no contexto educacional. Segundo o estudo, a musicalização pode atuar como ferramenta terapêutica complementar, promovendo estímulos cognitivos, emocionais e sociais relevantes, sobretudo em contextos onde as abordagens tradicionais não apresentam resultados satisfatórios.

Atualmente, Jesialdo Lima da Silva trabalha na ampliação do uso do método em outras iniciativas voltadas à educação inclusiva. Entre os projetos em andamento está o BOSSA Music Cultural Center, com foco na formação de educadores e na aplicação de metodologias musicais adaptadas em instituições de ensino, projetos sociais e programas voltados a crianças e adolescentes com deficiência.

Além da atuação na APAE de Paracatu, o educador mantém vínculo com escolas e entidades culturais, e desenvolve atividades que integram educação cívica, musical e social em diferentes faixas etárias. Sua trajetória inclui participação em programas formativos e ações interdisciplinares, com base no uso da música como linguagem de mediação educacional.

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