Início Notícias Corporativas Exame nacional vai avaliar qualidade da formação médica

Exame nacional vai avaliar qualidade da formação médica

Exame nacional vai avaliar qualidade da formação médica
Exame nacional vai avaliar qualidade da formação médica

O Exame Nacional de Avaliação da Formação Médica (Enamed) será aplicado anualmente, a partir de 2025, para estudantes concluintes de Medicina. A criação do exame foi anunciada pelo Ministério da Educação (MEC) em abril e será conduzida pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

O Enamed unifica referências do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) e da prova objetiva do Exame Nacional de Residência (Enare), com inscrições previstas para julho, aplicação em outubro e divulgação dos resultados individuais em dezembro. A participação será obrigatória para todos os formandos em Medicina.

O Dr. Flavio Silva Pimenta, advogado especializado em direito médico, explica que o Enamed foi criado como uma ferramenta para avaliar a qualidade da formação médica no país de maneira padronizada e alinhada às Diretrizes Curriculares Nacionais.

“O objetivo é verificar se os estudantes concluintes dos cursos de Medicina adquiriram as competências e habilidades necessárias para atuar com segurança e qualidade, especialmente no Sistema Único de Saúde (SUS). Além disso, o exame servirá como instrumento para nortear a melhoria dos cursos de Medicina em todo o território nacional”, afirma Pimenta.

Segundo o advogado, a partir de 2025, a nota do Enamed poderá ser utilizada como critério classificatório no processo seletivo do Exame Nacional de Residência (Enare), permitindo que médicos formandos aproveitem o desempenho na prova como parte da seleção para os programas de residência médica de acesso direto. “Com isso, o exame deixa de ser apenas avaliativo e passa a influenciar diretamente no futuro profissional do médico recém-formado”.

Para o especialista, o Enamed se diferencia das avaliações anteriores por assumir uma dupla função e trazer foco maior à prática profissional. “O exame avalia a formação dos estudantes e também funciona como etapa classificatória para a residência médica. Ele se aproxima de uma prova profissional de desempenho, tornando-se uma referência nacional individualizada. Além disso, o conteúdo está mais alinhado às competências práticas esperadas na atuação médica real”.

Impactos na formação médica nacional

Pimenta avalia que a obrigatoriedade do Enamed estabelece um novo parâmetro de responsabilização e qualidade acadêmica nas instituições de ensino superior. Para ele, a adoção de um referencial nacional concreto pode impulsionar ajustes curriculares, melhorias pedagógicas e investimentos estruturais. “A avaliação nacional tende a gerar maior comprometimento das faculdades com o aprendizado real, e não apenas com a conclusão formal do curso”.

O advogado especializado em direito médico esclarece que o exame terá como foco medir competências clínicas, técnicas e ético-humanísticas essenciais à prática médica, alinhadas às Diretrizes Curriculares Nacionais. Segundo o profissional, a prova abordará conteúdos como Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Medicina de Família e Comunidade, Saúde Coletiva e Saúde Mental.

O especialista ressalta ainda que o Enamed pode contribuir para reduzir disparidades regionais na formação médica ao criar um padrão nacional de avaliação. Para o advogado, os resultados públicos e comparáveis tendem a pressionar instituições com baixos índices a promover melhorias, além de auxiliar o governo federal no mapeamento de fragilidades e no direcionamento de políticas públicas.

“O Enamed também representa um avanço no controle social e na transparência da formação médica no Brasil. Ao associar desempenho acadêmico à progressão profissional, com o acesso à residência, o exame qualifica a entrega das instituições e amplia a equidade entre os candidatos, sobretudo os de regiões mais distantes dos grandes centros”, afirma Pimenta.

Para o profissional, a médio e longo prazo, o Enamed tende a elevar o nível de preparo dos novos médicos, o que pode contribuir para uma assistência mais qualificada, humanizada e resolutiva tanto no SUS quanto na rede privada. “Profissionais melhor formados tomam decisões mais seguras, evitam erros e compreendem melhor os contextos sociais e clínicos dos pacientes, o que impacta diretamente a saúde pública, os índices de resolutividade e a confiança da população no atendimento médico”, defende o advogado.

Para saber mais, basta acessar: silvapimenta.com.br

Sair da versão mobile