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Na próxima quarta-feira (18 de setembro), o Brasil celebra o Dia Internacional da Igualdade Salarial. A data foi criada  pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em 2019, diante de uma profunda preocupação com o lento progresso no empoderamento econômico das mulheres.

Além disso, a ONU citou elementos como a “desvalorização do trabalho tradicionalmente desempenhado por mulheres” e “as desigualdades salariais entre homens e mulheres no mercado de trabalho”, conforme publicação da Associação para a Cidadania, Empreendedorismo, Género e Inovação Social (Acegis). 

Para Cristina Boner, empresária e profissional da área de tecnologia, a celebração do Dia Internacional da Igualdade Salarial é de extrema relevância, pois é uma oportunidade de trazer à tona uma questão que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

“A desigualdade salarial entre homens e mulheres persiste, e essa data ajuda a aumentar a conscientização e a urgência de mudanças concretas”, afirma.

Ainda serão necessários mais 267,6 anos para que a diferença econômica de gênero seja superada no mundo, de acordo com uma estimativa que integra em um relatório recente do Fórum Econômico Mundial (FEM), noticiado pelo portal Época Negócios. 

Aliás, um estudo desenvolvido pela Catho revelou que mulheres que atuam em cargos de liderança recebem 23% a menos que os homens na mesma posição. A diferença salarial também foi observada nos cargos de coordenador – apenas na função de assistente as profissionais ganhavam mais (2%). 

Na visão de Boner, o Dia Internacional da Igualdade Salarial tem um papel importante em educar e mobilizar a sociedade, destacando o impacto negativo da disparidade salarial não apenas para as mulheres, mas para a economia e o desenvolvimento social em geral. “Esse tipo de visibilidade pode pressionar empresas e governos a adotar políticas mais inclusivas e igualitárias”.

Igualdade salarial desafia setor de tecnologia

Boner destaca que, no setor de tecnologia, a questão da igualdade salarial ainda é um desafio. “Embora o segmento esteja em expansão e ofereça muitas oportunidades, as mulheres frequentemente enfrentam disparidades salariais em comparação com seus colegas homens, mesmo ocupando cargos equivalentes ou superiores”, pontua. 

Para a empresária, isso reflete uma sub-representação das mulheres em áreas técnicas e de liderança dentro do setor, além de preconceitos inconscientes que podem influenciar as práticas de contratação e promoção.

“A mudança nesse cenário exige um esforço contínuo para incentivar a entrada de mais mulheres no setor e garantir que elas sejam reconhecidas e recompensadas de forma justa”, considera Boner.

A empresária e profissional da área de tecnologia chama a atenção para a necessidade de transparência salarial nas empresas, especialmente em setores como o de tecnologia, onde as diferenças podem ser mais acentuadas.

“Políticas de transparência, aliadas a metas de igualdade e diversidade, podem ajudar a reduzir a disparidade e criar um ambiente de trabalho mais justo e equilibrado”, articula.

“Além disso”, acrescenta, “é essencial promover a educação e o treinamento contínuo sobre vieses de gênero e igualdade dentro das corporações para transformar a cultura organizacional e garantir mudanças de longo prazo”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: Cristina Boner (@cristina.boner) e (23) Cristina Boner | LinkedIn