Antes do Índice de Acesso a Medicamentos de 2024, a Fundação examinou os compromissos de alcance dos pacientes e as abordagens de medição das 20 empresas que serão classificadas no próximo Índice em novembro. A análise identificou 42 abordagens únicas para medir o alcance dos pacientes, cada uma com diferentes graus de abrangência. Empresas como a AstraZeneca, a Novartis e a Roche estão a liderar com abordagens mais detalhadas que vão além do simples acompanhamento de vendas, melhorando a precisão dos seus cálculos de alcance de pacientes. O relatório sublinha também que, embora muitas empresas tenham estabelecido objetivos ambiciosos para chegar a mais doentes nos PRMI, estes compromissos poderiam beneficiar de um maior aperfeiçoamento para promover uma verdadeira mudança.
Quais são as conclusões do relatório?
É encorajador o facto de 19 das 20 empresas avaliadas terem comunicado a utilização de abordagens para acompanhar os pacientes a que chegam com os seus medicamentos essenciais nos PRMI, com exceção da AbbVie. No entanto, estas abordagens variam muito.
Nomeadamente, muitas empresas farmacêuticas estabelecem objetivos ambiciosos e assumem compromissos públicos para expandir o seu alcance global em termos de pacientes, particularmente nos PRMI. Alguns destes compromissos, incluindo os estabelecidos pelas Bayer, GSK e Johnson & Johnson, são claros, mensuráveis e ambiciosos, com objetivos alinhados com os elevados encargos globais com doenças.
No entanto, as conclusões também revelam um potencial significativo para as empresas aperfeiçoarem os seus compromissos e melhorarem os seus esforços para chegar aos mais necessitados. Por exemplo, os principais fabricantes de insulina, como a Eli Lilly, a Novo Nordisk e a Sanofi, controlam mais de 90% da quota de mercado e comprometeram-se a expandir o acesso aos seus produtos nos PRMI. No entanto, coletivamente, os seus compromissos, abordam apenas 1% da prevalência da diabetes nos 113 PRMI no âmbito do Índice, que atualmente se situa em mais de 350 milhões de casos dos 525 milhões de casos globais, de acordo com os dados do Global Burden of Disease de 2021.
“Verificamos que a indústria farmacêutica está a assumir compromissos ambiciosos para chegar a mais pacientes em todo o mundo. No entanto, este relatório revela que ainda há muito trabalho a fazer para alcançar um impacto significativo, e apela a medidas urgentes para garantir que os produtos que salvam vidas cheguem a todos os pacientes, em todo o lado”.
–Jayasree K. Iyer, Diretor Executivo da Access to Medicine Foundation.
Os próximos passos
Para combater a desigualdade crónica na saúde, a indústria farmacêutica e os rsepetivos parceiros devem integrar o alcance dos pacientes no centro das suas atividades e parcerias. Recorrendo às principais conclusões e recomendações identificadas no relatório da Fundação, as empresas podem reforçar e expandir as respetivas abordagens atuais, bem como colaborar e aprender umas com as outras.
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GLOBENEWSWIRE (Distribution ID 1000990497)