Início Notícias Corporativas Due diligence corporativa evita riscos na cadeia produtiva

Due diligence corporativa evita riscos na cadeia produtiva

Due diligence corporativa evita riscos na cadeia produtiva
Due diligence corporativa evita riscos na cadeia produtiva

A análise aprofundada de parceiros e fornecedores na cadeia de produção é uma necessidade para empresas que buscam evitar impactos negativos, como multas por crimes ambientais e perdas financeiras por fraudes, decorrentes de falhas ou irregularidades praticadas por atores dessa rede.

A Due Diligence corporativa é uma ferramenta de investigação e avaliação abrangente de diversos aspectos de uma empresa para identificar, avaliar e mitigar riscos potenciais. A investigação deve alcançar as camadas mais profundas da cadeia de produção para prevenir, por exemplo, danos à reputação da empresa e a ocorrência de sanções legais.

De acordo com Daniela Sigliano, advogada da empresa de investigação patrimonial Effort, a certificação de fornecedores nem sempre é sinônimo de segurança. “Muitas empresas acreditam que contratar um fornecedor certificado e com boas práticas é suficiente. Mas isso não garante que esse fornecedor aplica o mesmo nível de rigor com seus próprios fornecedores. É exatamente nesse ponto que os riscos se multiplicam”.

As autuações promovidas pela Receita Federal registraram um recorde em 2023, somando R$ 225,5 bilhões, um aumento de 65% em relação aos R$ 136,7 bilhões de 2022. Desse montante recorde, R$ 215,9 bilhões foram referentes a pessoas jurídicas, sendo que R$ 175,6 bilhões corresponderam a grandes companhias, que representaram 81,3% do valor autuado de pessoas jurídicas.

A especialista ressalta a importância de considerar o porte das empresas na avaliação de riscos. “Empresas de grande porte não deixam de ser afetadas por falhas na fiscalização da cadeia de fornecimento, mas o risco para negócios menores, que não possuem processos estruturados de monitoramento, é ainda maior”.

ESG, transparência e reputação

Segundo Sigliano, o compromisso com práticas de Environmental, Social and Governance (ESG, ou Ambiental, Social e Governança, em português) na cadeia de fornecimento não são diferenciais, mas fatores essenciais para a longevidade e proteção da reputação das empresas. “Consumidores e investidores estão cada vez mais atentos às práticas ESG, tornando a transparência na cadeia de fornecimento essencial para a competitividade”.

A advogada afirma que a associação com fornecedores envolvidos em práticas antiéticas, como trabalho análogo à escravidão, crimes ambientais ou fraudes financeiras, pode gerar crises de reputação graves para a empresa. “Multas milionárias, suspensão de contratos públicos e desconfiança do mercado são algumas das consequências diretas”.

Para a especialista, a negligência na avaliação de parceiros mina os pilares da sustentabilidade corporativa. “Sem uma avaliação rigorosa dos parceiros, uma empresa pode, sem perceber, estar financiando irregularidades ambientais e sociais. Isso enfraquece seus compromissos com ESG, colocando em risco certificações, atração de investimentos e parcerias estratégicas”.

Sigliano também adverte sobre as vulnerabilidades de operar com fornecedores em países instáveis. “Sem uma análise criteriosa, a empresa pode firmar parcerias em países de instabilidades políticas e econômicas, o que pode ocasionar interrupção no fornecimento, aumento de custos operacionais e risco de sanções internacionais. Além disso, países com legislações frágeis podem permitir práticas irregulares, expondo a empresa a riscos reputacionais e jurídicos”.

Conforme alerta a advogada da Effort, os problemas com fornecedores vão além de questões operacionais e podem comprometer a estabilidade econômica da empresa. “Fraudes ou falhas na entrega podem levar a prejuízos financeiros severos, seja por perda de contratos, custos adicionais para remediar situações emergenciais ou ações judiciais. Negligenciar a fiscalização da cadeia de fornecimento pode, portanto, afetar diretamente a liquidez e a sustentabilidade financeira do negócio”.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou que, em 2022, o mercado ilegal causou um prejuízo de R$ 453,5 bilhões ao Brasil, incluindo impostos não arrecadados, prejuízos em diversos setores econômicos e a perda de aproximadamente 370 mil postos de trabalho diretos.

“Para evitar impactos causados pela falência ou dificuldades financeiras de um fornecedor, a empresa deve adotar um monitoramento contínuo, analisando fatores como mudanças na estrutura societária, histórico de processos e transparência financeira. O uso de inteligência de dados para rastrear a cadeia produtiva e realizar análise preditiva são essenciais para garantir alternativas seguras, em caso de instabilidade de um fornecedor”, alerta Sigliano.

Para mais informações, basta acessar: effort-co.com.br/

Sair da versão mobile