Propaganda

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, recentemente, os resultados do Censo 2022, indicando que a população do Brasil é formada por 203.080.756 pessoas. Isso indica também que a estimativa sobre o número de pessoas com diabetes no Brasil passaria a ser de aproximadamente 20 milhões, já que o último Vigitel, levantamento em amostra representativa da população brasileira feito pelo Ministério da Saúde, apontou que, no conjunto de 27 capitais pesquisadas, a frequência do diagnóstico autorreferido de diabetes foi de 10,2%. 

O diabetes tipo 2 é causado por diversos fatores, entre eles o aumento de peso. Essa combinação reforça a importância da atividade física e de exercícios para o controle da glicemia e no auxilio ao  tratamento de pessoas com diabetes.

Janete Azevedo, Fisioterapeuta do corpo clínico do Instituto Allezi, uma clínica especialista em tratamentos de pessoas com diabetes e feridas, conta que a fisioterapia tem um papel importante para a prevenção e redução dos riscos.

Ela conta que os benefícios da atividade física em pacientes em tratamento para diabetes tipo 2 inclui um melhor controle glicêmico, redução de complicações cardiovasculares e uma diminuição de 30% a 50% em mortalidade. “Por isso, programas de atividade física supervisionados são mais eficazes do que um aconselhamento geral sobre o exercício, a prática em casa ou treinos de flexibilidade”, explica ela.

“Vale lembrar que complicações, incluindo a doença cardiovascular, obesidade, dores articulares, neuropatias, lesões na pele e amputação, apresentam obstáculos à atividade física regular”, diz Janete.

Segundo ela, a fisioterapia ajuda no tratamento da diabetes. Isso através da indicação de exercícios seguros e efetivos, já que muitos diabéticos estão acima do peso e apresentam problemas articulares e cardiovasculares. “No tratamento para diabetes, o fisioterapeuta deve recomendar atividades aeróbicas de resistência e movimentos que considera importantes, além de evitar aqueles que podem prejudicar o paciente, de acordo com a sua condição de saúde”, acrescenta Janete.

Ela explica que o profissional de fisioterapia também ensinará treinos específicos para melhorar a função e o controle glicêmico, aliados à terapia manual, com o objetivo de atingir problemas comuns aos doentes.

Janete diz que além da prática das atividades recomendas pelo profissional, a pessoa com diabetes está propensa à perda de sensibilidade. “É comum se machucar e não saber onde, pois não teve a resposta dolorosa enviada ao cérebro corretamente. Problemas circulatórios podem retardar o processo de cicatrização e a consequência é o surgimento de lesões de difícil tratamento, por isso, o cuidado com os pés é essencial”, explica.

Bolhas, perda de sensibilidade, junto com sapatos mal ajustadas, podem causar ulceração, por isso, o fisioterapeuta deve aconselhar o paciente sobre o calçado mais adequado para aliviar a pressão nos pés. A fisioterapia vai orientar de forma correta os exercícios e cuidados que o diabético deverá ter para melhorar tanto a circulação do sangue quanto a sensibilidade, a fim de evitar essas complicações.

Rennan Bechelli, professor de educação física da equipe médica do Instituto Allezi, alerta que mais importante que remediar é prevenir. “A união entre a fisioterapia e a Educação Física se tornam cada vez mais comuns, criando um elo de ligação entre a reabilitação e a performance”, explica ele.

“As evidências mostram a importância desse trabalho interdisciplinar para criar estratégias mais sólidas e ajudar atletas, tanto de alta performance como do cotidiano, a permanecer com seu corpo saudável para as tarefas que precisa desempenhar”, acrescenta.