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O ecoturismo promove a conservação de ecossistemas e oferece oportunidades econômicas para comunidades locais. As políticas nacionais, estaduais e municipais visando à gestão adequada e sustentável dos recursos naturais estabelece um conjunto de regras no sentido de preservar toda a riqueza natural existente na localidade.

Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT), esta atividade representa 20% do mercado global de turismo, gerando cerca de US$ 600 bilhões anuais e tem crescido e destacado a importância da preservação ambiental.

“Áreas protegidas e parques nacionais têm atraído visitantes para atividades sustentáveis como observação de fauna e trilhas ecológicas”, salienta Vininha F. Carvalho, ambientalista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

A Lei 12.651/2012, intitulada como Código Florestal Brasileiro, define APPs como uma área protegida, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade, facilitar o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.

A região da Serra do Mar, no estado de São Paulo, concentra o maior remanescente contínuo de Mata Atlântica do País e, é neste contexto em que está localizado o Parque das Neblinas, reserva ambiental implantada e gerenciada pelo Instituto Ecofuturo, organização sem fins lucrativos, fundada em 1999. 

O Parque das Neblinas é hoje uma das Unidades de Conservação privadas no Brasil com o maior número de espécies registradas do bioma Mata Atlântica são 1.330 espécies de fauna e flora, entre elas, espécies em ameaça como o sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) e o muriqui-do-sul (Brachyteles arachnoides). Outro exemplo são as quatro novas espécies descobertas, como o sapinho-da-neblina (Brachycephalus Ibitinga), identificado em 2021.

“Diante das inúmeras funções ambientais desempenhadas pelas áreas de preservação permanente, estão à função de preservar a biodiversidade, a estabilidade geológica e o bem-estar da população. Estas áreas legalmente instituídas pelo Código Florestal Brasileiro são fundamentais para a manutenção da biodiversidade”, conclui Vininha F. Carvalho.