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As práticas ESG – Environmental, Social, and Governance (Ambiental, Social e Governança), atuam como mecanismos para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, melhorar o ambiente de trabalho para os colaboradores e incentivar uma gestão mais transparente.

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou que 70,9% da força de trabalho global, equivalente a cerca de 2,4 bilhões de trabalhadores, está exposta, durante a jornada de trabalho, a riscos à saúde decorrente das mudanças climáticas.

“A governança corporativa é um conjunto de práticas e processos com o objetivo de garantir a transparência, a ética e a responsabilidade na gestão de uma empresa, promovendo a criação de valor e a proteção dos interesses dos acionistas e demais stakeholders”, salienta Vininha F. Carvalho. Ambientalista e editora da Revista Ecotour News & Negócios.

Segundo Rica Mello, especialista em gestão de empresas e fundador do grupo BCBF, a governança corporativa incentiva à adoção de práticas éticas e valores corporativos sólidos. Ela promove a responsabilidade social e ambiental das empresas, o que contribui para uma atuação mais íntegra e confiável.

A pesquisa realizada pela consultoria Accenture, em parceria com o Fórum Econômico Mundial, demonstrou que as empresas que adotam práticas ESG têm um lucro 20% maior do que as demais, fazendo com que a sociedade comece a rejeitar organizações que não aplicam esses fundamentos. Ainda nessa linha, o relatório da Amcham Brasil aponta que 82% dos CEOs, presidentes e vice-presidentes de empresas se sentem responsáveis por expandir os compromissos com as agendas ESG.

A ascensão das linhas de crédito verdes, agora amplamente acessíveis, adiciona uma nova dimensão à dinâmica sustentável. Instituições como o Banco do Brasil e o BNDES estão impulsionando práticas sustentáveis ao condicionar o acesso ao crédito a comprovações efetivas de responsabilidade ambiental, fortalecendo a relação entre sustentabilidade e viabilidade econômica.

De acordo com Davi Barroso Alberto, CEO da Mercoline, o ESG oferece uma visão holística do impacto das empresas no mundo, indo além dos aspectos financeiros tradicionais. Ele se baseia em princípios éticos e sustentáveis, que são fundamentais para a construção de uma sociedade mais equitativa e um planeta mais saudável.

“A falta de comprometimento real com o ESG pode levar a práticas de greenwashing, onde empresas se apropriam de conceitos sustentáveis de forma superficial para se promoverem. Isso pode levar a consequências legais e reputacionais negativas”, finaliza Vininha F. Carvalho.