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Pequenas e médias empresas (PMEs) enfrentam inúmeros desafios, especialmente quando o departamento financeiro é enxuto, composto por menos de dez pessoas. De acordo com o Mapa de Empresas, divulgado pelo Ministério do Empreendedorismo,  somente nos primeiros quatro meses de 2024 foram abertas 1.456.958 empresas no Brasil – um aumento de 9,2% quando comparado com o mesmo período no ano passado. Para quem considera um bom número, o documento ainda informa que no mesmo período foram fechados 854.150 negócios. Os resultados revelam um saldo positivo de 602.808 empresas, com um número total de 21.738.420 empresas ativas no país. Somente em São Paulo foram abertos 441.301 novos negócios, sendo que 93% deles são considerados microempresas ou empresas de pequeno porte.

Dados levantados pelo Sebrae indicam que cerca de 60% das PMEs no Brasil encerram suas atividades nos primeiros cinco anos, e grande parte dessas falências está diretamente ligada à má gestão financeira e à falta de controle de fluxo de caixa. A maior taxa de mortalidade por segmento, entretanto, é verificada no comércio, com 30,2% dos negócios sucumbindo antes dos cinco anos de mercado. A entidade, que promove a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos, ainda revela que problemas durante o planejamento e gestão do negócio, bem como o despreparo do pessoal contratado, são alguns dos principais motivos que têm levado empresas a fechar suas portas. Com poucos recursos e uma equipe limitada, muitas vezes essas empresas não conseguem implementar processos financeiros adequados para garantir a sustentabilidade do negócio a longo prazo.

Matéria divulgada no blog da GrowthForce ainda revela que um dos principais gargalos que muitas PMEs enfrentam é a ausência de uma visão estratégica das finanças, o que impede a tomada de decisões informadas. Sem uma consultoria financeira externa, muitas delas acabam lidando com uma série de problemas: falta de previsibilidade sobre despesas e receitas, baixa eficiência na alocação de recursos e dificuldades para identificar e corrigir problemas financeiros de maneira proativa. Nesse cenário, a adoção de uma gestão financeira centrada em resultados, com o apoio de um serviço especializado, torna-se fundamental para garantir o sucesso e a longevidade dessas organizações.

De acordo com Luiz Claudio Ramalho, executivo da Imagem Consultoria, há três razões cruciais para que pequenos e médios negócios invistam em consultoria financeira:

  1. Controle mais assertivo do fluxo de caixa. “O primeiro motivo é a importância de ter um fluxo de caixa bem gerido. Muitas pequenas e médias empresas acabam sofrendo com a falta de uma visão clara sobre sua situação financeira, o que pode gerar decisões equivocadas, como contrair dívidas em momentos inadequados”, comenta o executivo.
  1. Apoio na tomada de decisões estratégicas. “Outro grande benefício da consultoria financeira é o apoio especializado na hora de tomar decisões estratégicas. Não raro, o pequeno empresário é excelente no que faz, mas não tem o conhecimento técnico necessário para lidar com questões financeiras mais complexas”, diz Ramalho.
  1. Otimização de recursos com foco em resultados. “Uma das principais contribuições da consultoria financeira é a otimização de recursos, ajudando o empresário a identificar onde os recursos podem estar sendo mal alocados e propondo formas de aumentar a eficiência, sempre com foco nos resultados”.


Na opinião do executivo da Imagem Consultoria, o consultor financeiro atua como um parceiro estratégico, ajudando os empresários a tomar decisões baseadas em dados e previsões financeiras, além de oferecer uma visão imparcial e de longo prazo sobre o futuro do negócio, planejando ações futuras com maior precisão, reduzindo o risco de surpresas indesejadas e possíveis crises de liquidez.

Conforme estudo da Deloitte sobre gestão de competências organizacionais, empresas que alocam de maneira eficiente seus recursos, sejam eles humanos ou financeiros, têm uma chance maior de sucesso em suas iniciativas estratégicas. Isso inclui desde a escolha de investimentos até a redução de custos operacionais, possibilitando que a empresa opere de maneira mais enxuta e com maior margem de lucro.

As pequenas e médias empresas desempenham um papel vital na economia de muitos países, incluindo o Brasil. Apesar da sua importância, as estatísticas mostram que elas enfrentam desafios consideráveis, que vão desde a dificuldade em obter crédito até a falta de planejamento financeiro adequado. “Nesse cenário é que a consultoria financeira se mostra uma verdadeira parceira do negócio”, avalia Ramalho. “Além disso, a consultoria ajuda a mapear as necessidades específicas de cada empresa, desenvolvendo soluções personalizadas que vão desde a reestruturação de dívidas até o desenvolvimento de planos de crescimento”.

Para Luiz Claudio Ramalho, muitos empresários ainda veem essa parceria como um custo adicional, quando, na verdade, a consultoria deve ser vista como um investimento estratégico, que traz retornos financeiros claros, através da melhoria da rentabilidade e da saúde financeira da empresa. “A cada novo projeto que trabalhamos, vemos como pequenas mudanças podem gerar grandes resultados no médio e longo prazo. O papel da consultoria é exatamente esse: enxergar o que o empresário, na correria do dia a dia, muitas vezes não vê”, diz o consultor. “Além disso, empresas que investem em uma gestão financeira robusta tendem a ser mais resilientes diante de crises econômicas e flutuações de mercado, tendo maior controle sobre sua operação e sendo capaz de identificar com antecedência problemas que poderiam afetar a sustentabilidade do negócio”.