Início Notícias Corporativas Empresas disputam soberania em mercado de IA Generativa

Empresas disputam soberania em mercado de IA Generativa

Empresas disputam soberania em mercado de IA Generativa
Empresas disputam soberania em mercado de IA Generativa

No último ano, a IA Generativa tem se destacado como uma inovação tecnológica transformadora e de crescimento acelerado.  A OpenAI, por exemplo, lançou o Chat GPT em 2022, que, de acordo com o Infomoney, rapidamente atraiu 100 milhões de usuários e criando um marco no uso de modelos de linguagem de grande porte. Já o Google, um dos precursores da arquitetura Transformer em 2017, continua a refinar suas soluções com o lançamento do Gemini 1.5 e outras ferramentas avançadas. Estes movimentos refletem não apenas a busca por superioridade tecnológica, mas também a tentativa de dominar um mercado estimado em bilhões de dólares, segundo a McKinsey, firma global de consultoria de gestão. 

Keylla Saes, coordenadora acadêmica do MBA em Data Science & Artificial Intelligence do Centro Universitário FIAP, compartilha suas perspectivas sobre o futuro da IA Generativa, a corrida entre empresas para lançar o melhor modelo e o impacto desta tecnologia no mercado de trabalho. 

A professora destaca que, apesar da inteligência artificial dominar as discussões globais atualmente, isto não é uma novidade para o mercado de tecnologia, que sempre evoluiu mais rápido que outros setores. O que muda agora é o impacto direto no consumidor, com modelos de linguagem acessíveis ao público, acelerando ainda mais a busca pela melhor tecnologia: “Há uma certa competição para que essas empresas se tornem indispensáveis e uma referência em IA Generativa, assim como a marca Bombril, considerada por alguns consumidores, como um sinônimo de palha de aço no Brasil, declara.

De acordo com a professora, a OpenAi teve uma estratégia muito inteligente ao colocar seu modelo de linguagem de grande porte (LLM) no mercado primeiro, mesmo sem estar totalmente refinado, popularizando o conceito com o Chat GPT.

A corrida para lançar o melhor modelo de IA Generativa, no entanto, é dinâmica. Keylla compara esta competição ao mercado de ações: uma empresa pode estar na frente hoje, mas outra pode superá-la amanhã. Todas as grandes empresas estão investindo fortemente em inovações e a tendência é que a tecnologia se torne cada vez mais parecida entre elas, resultando em uma “comoditização” da IA. A partir daí, a disputa será financeira e de marketing. A dinâmica será semelhante à de outras tecnologias, que são baseadas em parcerias e relações comerciais”, completa a coordenadora. 

No entanto, há um grande desafio na implementação real dos modelos generativos: sair do laboratório de inovação e integrá-los à operação empresarial. “É preciso incorporá-la à operação da empresa com segurança e controle. Por mais avançada que a tecnologia seja, tem uma questão financeira que tira um pouco o brilho dela”, comenta Keylla.   

Sobre a monetização dessas tecnologias, a especialista explica que mesmo os usuários finais não percebendo, eles atuam como testadores não remunerados, pois contribuem para o treinamento dos modelos a cada vez que o usam. Porém, o lucro maior vem do uso corporativo, pois para integrar esta tecnologia em uma empresa, é recomendado que elas usem uma nuvem fechada. Na nuvem aberta, os dados podem ser utilizados para treinar o modelo, enquanto na fechada as informações não retroalimentam o sistema, garantindo maior segurança.  

Sair da versão mobile